É que foi mesmo por acaso
Quase que posso dizer que caí de paraquedas nos saldos. Gandhe ia levantar uma encomenda a uma loja e fui com ele. Vi que as promoções tinham começado e lá fui eu espreitar a loja do demo Mango. Calculei que a confusão não fosse muita, ainda era de manhã e tal. Pois. Não era muita, mas já era alguma. E por isso deu para me estragar. Eu até só ia ver uma camisola de malha quentinha. E depois de pegar em várias, lá me decidi por uma e apenas uma. Mas depois viro-me para os vestidos e pronto, lá tinha que tropeçar num que implorou para vir para casa comigo.
Este sacaninha fica-me mesmo bem.
Então e o Natal, Pandora?! - perguntam, eventualmente, vocês. Eh pá, graçádeus já passou e só daqui a um ano é que há mais.
Podia ter sido pior, podia, claro. Mas eu tinha ficado tão bem sossegadinha em casa, de pijama e meias quentinhas, a ver o que bem me apetecesse na televisão (e não seria a TVI nem o concerto do Marco Paulo, nem... é melhor nem lembrar). Não teria de aturar as lamúrias e queixinhas da senhora sogra, nem engolir em seco quando se põe a meter o filho como motorista privado dela para esta semana, fora o que vem por aí, tais foram as lamentações que tanto a afligem. Paciência. É o que desejo para um futuro breve. Toneladas de paciência. Que o meu dedo mindinho antevê cenários já antes vistos e não desejados.