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Estórias na Caixa de Pandora

Contém merdas que não te interessam...

Estórias na Caixa de Pandora

Contém merdas que não te interessam...

08
Fev16

Pandora e os domingos

Pois que este domingo não fugiu à regra dos anteriores. Pela manhã aqui a Pandora anda em modo fada do lar: é fazer a sopa para a semana, é fazer um almoço mais caprichado, e em quantidade para marmitas, é pôr roupa a lavar, passar a ferro a que já estiver seca, é enviar Gandhe ao supermercado com a lista de compras, mas estar atenta ao telemóvel, que ele vai ligar com dúvidas ou perguntas absurdas. 

Depois foi almoçar nas calmas, degustar uma bela taça de morangos para sobremesa, deixar o homem arrumar a cozinha enquanto me instalava no sofá com a gataria. Ontem ouvia-se um desfile carnavalesco qualquer a passar perto. Aninhei-me ainda mais debaixo da manta, mexendo-me o menos possível para não incomodar os gatinhos. E depois vem o Gandhe e escolhemos o filme para nos preencher a tarde. Ontem, na galeria do Showbox, escolhemos o filme O Caso de Spotlight. Grande elenco. Grande enredo. Grande filme. O filme está muito bem construído, focando a equipa de jornalistas que investigou e pôs a descoberto um dos grandes escândalos da Igreja Católica, logo ali, no virar de século, pouco depois do marcante 11 de Setembro de 2001. O enredo não está, por isso, tão focado nas histórias dos abusos, nas vítimas e nos pedófilos, mas sim na equipa de jornalistas e a sua crescente investigação e descobertas. Uma vertente muito humana dos jornalistas, mas que apesar de toda a revolta e conflito interior que iam vivendo, mantiveram-me extremamente profissionais, procurando provar tudo o que tinham em mãos, com factos, testemunhos e documentos.

Gostei muito do filme.   

Ainda não foi este fim de semana que fiz os scones, uma receita de uma amiga, mas estive a fazer um tabuleiro de granola para os meus snacks de iogurte ou fruta, um tabuleiro que me rendeu uma boa dose de granola para os próximos tempos.

Ao fim da tarde a cozinha perfumou-se de cheiro a canela, mel e frutos secos, croissants de massa folhada e chá de jasmim que fizeram as delícias do nosso lanche.

Gosto destes domingos... 

06
Fev16

O rabo de Pandora

Não escondo que tenho assim um trauma com o meu traseiro. Desde sempre. Desde a adolescência que me queixo de rabo grande, quando jovem a mesma coisa, e nem o PDI me serenou a pancada. Aceito a celulite, as brancas no cabelo, a altura que faz de mim uma minion, eh pá, mas o rabo grande é coisa para continuar a dar-me cabo da cabeça. Conjugado então com cintura fina, dá-me dores de cabeça para encontrar calças, vestidos, enfim, roupa que assente e disfarce a coisa. Nem as figuras da J.Lo, da Beyonce ou mesmo da Kim Kardashian, conhecidas pelos traseiros que exibem, me tiram esta minha mania de não gostar do meu e querer "escondê-lo" a todo o custo.

Mas também é verdade que foi precisamente o meu rabo empinado, anca larga, que sempre foi elogiado por parte masculina e feminina. Uma professora de dança, da antiga escola onde andei, chegou a dizer que se matava no ginásio para ter um rabo como o meu, que ainda por cima para as danças africanas era quase um requisito obrigatório ostentar assim uma traseira.

Hoje, na sessão de laser, estava a técnica a fazer-me a depilação na traseira e diz-me que tenho um rabo bem jeitoso. WHAT??? Não gosto, nunca gostei - digo-lhe de imediato. Ai não diga isso, que há tanta gente a matar-se no ginásio a ver se fica com um rabo destes!

Ora porra, ando eu aqui a invejar o rabo da Sara Sampaio, e afinal, ela deve ser uma das que gostava de ter um como o meu. Toma lá, Pandora, para aprenderes. 

Não, Varufakis, não vou publicar foto do dito cujo para dizeres de tua justiça. Lamento. 

 

06
Fev16

Encontrei!!!!

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Havia o 35 na loja. Filho único, é certo, mas estava à minha espera. Coisas mais fofas da Pandora.

E pronto, não fiz compras nos saldos, não ando de olho em nada nas novas coleções, e já tenho o dito item que me faltava em calçado: uns rasos pretos. E esta mistura de desportivo clássico é coisinha para me fazer as delícias nos longos dias.

Fechada a carteira para compras, que outros valores se levantam (ou saem da conta).

 

05
Fev16

Não entendo e não me peçam para entender!

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Hoje tive uma pequena contenda com uma colega. Como sempre, eu acabo por me calar, não só porque não quero ser extremista e obrigar os outros a entenderem ou aceitarem os meus pontos de vista, mas também porque já percebi que debater este assunto com certas pessoas é tempo perdido.

O assunto começou porque a colega em questão tem um cão de raça e anda à procura de uma namorada para ele. Mas não pode ser uma namorada qualquer, tem de ter pedigree porque a ideia é fazer criação. E para quê? Perguntava eu. "Porque eu quero. Fico com um e os outros vendem-se." E foi aqui que se me arrepiaram todos os pelos do corpo, até as pestanas. 

CONTRA, TOTALMENTE CONTRA esta ideia de fazer criação de animais para venda, porque sim, porque são de raça e dá para fazer dinheiro com eles. Que pariu a mentalidade de merda desta gente que usa os animais assim, como se fossem batatas que se semeiam para depois vender. As batatas servem de alimentação nas nossas mesas, os cães são animais, seres vivos, sentem frio, fome, medo, sentem alegria, brincam, são amigos. Têm alma. Quem diz os cães diz outro qualquer animal. Para mim não há raças. Há raça cão, raça gato, raça cavalo. Os animais não vêm com uma etiqueta como as calças de ganga da salsa ou da Levi's, não vêm com o logótipo cravado na testa como as malas CH ou Hermès. 

Contra-argumentei que há tantos animais nos canis e em associações à espera de um dono, tantas ninhadas nascidas na rua, bebés que ainda antes de nascerem já sabem o que é o abandono, a fome, o frio, o medo... ah, são rafeiros, mas nada contra os rafeiros. E eu a começar a mudar de cor, a respirar fundo e a mandar à merda mentalmente para não me saltar a tampa e perder a razão pela atitude incorreta. Eu até já tive rafeiros

Pois, o teu cérebro também é bem rafeiro, mais rafeiro que os rafeiros que falas, assim, com esse desdém. Viessem os filhos com etiquetas como Gucci e Channel e já estou a imaginar muitos rafeiros jogados nos caixotes do lixo.

Não entendo. Nunca vou entender. Não me peçam para entender como aparecem apelos nas redes sociais para adoção de ninhadas nascidas na rua e não há comentários, mas aparecem anúncios de venda de cães ditos de raça e é só comentários e interessados. Falam da crise, mas para comprar animais de raça, certamente para exibir como quem exibe um rolex, não há crise. Ou como essa minha colega, que me olha de lado porque faço unhas de gel todos os meses, e ai que é muito dinheiro. Certamente gastou mais dinheiro a comprar o cão. E nas vacinas do cão, e na ração xpto do cão, ah isso não, dá-lhe da de supermercado que é mais barata. Pronto.  O cão de raça xpto é para exibir, não para cuidar de acordo com o pedigree.

Não entendo. Nunca vou entender. Não me peçam para entender compra de animais, exploração de animais para entretenimento (touradas, circos, e mesmo os zoológicos só aceito os que efetivamente zelam pelo superior interesse e preservação do animal). Jamais entenderei a tortura, os maus tratos, o abandono. 

E para pessoas como a minha colega, eu aconselhava a que fossem durante umas semanas até uma associação fazer voluntariado. Vissem ao vivo e a cores como são tratados muitos animais, independentemente da dita raça. Talvez, talvez, se fizesse um pouco de luz naquelas cabeças sem etiqueta de grife para perceber algo tão básico quanto isto: um animal é um ser vivo, uma alma, dotada da capacidade de sentir. Respeitem-no como ser vivo que é, com direito à sua liberdade, à sua dignidade, à sua vida. 

 

05
Fev16

Pandora, agora que se foram os saldos, como estamos de novas coleções?

Não estamos. A postura que tive nos saldos mantém-se, o que muito apraz a minha carteira. A única coisa que me fez brilhar os olhinhos e fazer abrir os cordões à bolsa foram o raio dos chanatos da Stradivarius, giros e baratos, que até entram na minha categoria do "não tenho nada que se assemelhe", mas quer o karma que eu não gaste dinheiro, e não há o meu tamanho (ínfimo, eu sei) disponível. 

Posto isto, não ando a babar pela coleção da Zara (coisa que também não ocorre há anos, um caso digno de X-Files), nem a febre pela campanha protagonizada pela Kendall Jenner (que é gira que se farta e mete as irmãs mais velhas no bolso), que ainda por cima é étnica, um estilo que eu adoro, me fez suspirar ou olhar duas vezes. Às tantas o problema é eu não ter um closet. É que o roupeiro não está a rebentar pelas costuras, mas está bem apetrechado para me fazer pensar que tenho muito para vestir e até devia deixar-me de tretas por vestir sempre o mesmo.

E isto até merece uma hashtag: #pandorapoucofashion

 

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