Que tenho a mala do carro (também não é grande, quer dizer, é um Smart) carregada de casacos de inverno para deixar na lavandaria.
Adeus casacos, até para o ano.
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Que tenho a mala do carro (também não é grande, quer dizer, é um Smart) carregada de casacos de inverno para deixar na lavandaria.
Adeus casacos, até para o ano.
Ontem à noite fiz a troca do calçado. Botas e botins para a parte de cima do roupeiro, sandálias para baixo, ali à mão de pegar e calçar.
Agora que venha chuva que eu não quero saber. Adeus botas, até para o ano!
Contextualizando.
Eu andava de olho, há já algum tempo, nas leggings que a professora de ginástica usa. Obviamente tem corpinho, mas o raio das leggings pareciam-me assim espetaculares, não se mexiam, não subiam, as costuras não deslizavam para o lado, e ali tudo no sítio, não havia cá carnes flácidas (nela também era difícil, pronto) a saltar dentro das leggings. Vai daí um dia pergunto-lhe se aquilo era push up. Não. E fala-me do tipo de algodão, que é muito bom, não alarga, não desbota, não dá coceira quando uma pessoa começa a transpirar. E onde se compra? Ah, eu costumo vender roupa de desporto na loja da minha mãe - diz-me ela. Oh oh maravilha, então manda vir para mim que quero experimentar.
E vieram. Umas leggings compridas, pretas e rosa. Que toque, que espetáculo. Visto aquilo e parece magia, ali, tudo no sítio. Agora, não seria típico da minha pessoa eu não ter de mandar fazer bainha, que aquilo era calça e meia, tudo incluído.
Imbuída do espírito de investimento, encomendei-lhe mais umas compridas e dois corsários, que daqui a nada é com corsários que começo a fazer a aula.
E lá vieram umas compridas, como as primeiras que me trouxe, mas agora tudo em preto, e claro, já ali estão de lado para fazer bainha. Ainda saltam fora uns bons 5 cms.
E depois vou a experimentar os ditos corsários, que é suposto ficar pelo meio da perna, ali pouco abaixo do joelho, certo? Não. Aqui na menina Pandora ficam no ponto como calças. Ali, no tornozelo, mesmo rente às sapatilhas. Perfeitas como leggings compridas, já que não preciso fazer bainha.
E que me trouxe ela para eu experimentar a ver se gostava? Uns supostos calções. Na mesma justos, como as leggings, mas era suposto ficar ali acima do joelho. Era. Aqui na menina Pandora onde ficam os ditos calções? Pois, no meio da perna, exatamente onde deviam ficar os corsários. Ora toma lá!
Eu sei que sou roda baixinha, mas quer-se dizer... a roupa assim faz-me sentir um dos anões da Branca de Neve.
O que há em mim é, sobretudo, palavras. Dispersas no eco do que não disse. Guardadas a sete chaves no mais profundo de mim, como segredos que não se confessam… nem às paredes.
O que dói em mim é, sobretudo, palavras. Agudas na subtileza do silêncio que as condena. Pesam-me e queimam-me num fogo que arde sem se ver, em ferida que dói… e sinto.
O que guardo em mim é, sobretudo, palavras. Escondidas na cobardia do sentir, embrulhadas no medo da verdade que carregam. Da ilusão que dissipam.
Tanto que não te disse. E tanto que te disse e se perdeu no infinito do caos. Apagadas pelo tempo, gravadas na dor da memória, trouxeram o medo de libertar mais palavras. Não interessam os porquês que ficaram por responder. Tão pouco os pedidos de desculpa que ficaram por dizer depois dos que foram ditos e ignorados. A dor que as palavras ditas trouxeram fez-me trancar a sete chaves as outras, esmagadas na condenação do medo. E são essas que bailam num descompasso, em atropelo, que arranham e ferem e ecoam neste precipício a meus pés.
O que há em mim é, sobretudo, palavras. Palavras tão cheias de nada, tão despidas de tudo. Palavras de paixões violentas e amores intensos, palavras de vida sonhada, palavras de sonhos vividos… palavras ocas, levadas pelo vento, envoltas na neblina da maré.
As palavras que guardo… e nunca te direi! É isto que há em mim. Sobre Tudo.
Esta semana o grupo de escrita criativa deu-me, a mim, a tarefa de definir um tema. E eu, primeiro ai ai e agora, isto é tão difícil e tal, pumba, proponho este: as palavras que guardo... e nunca te direi!
Se ainda eu fosse fã de Nicholas Sparks, que não sou, justificava-se a inspiração de tal tema.
Agora, Pandora, aguenta lá com a tua ideia de génio e escreve as palavras que guardas. Quase que apetece apresentar uma folha em branco... afinal são as palavras que guardo e nunca direi. Literalmente.
Vou ali inspirar os dedos a ver se escrevem palavras de jeito. Dignas de serem ditas.
Cruzei-me com este vídeo no facebook e fiquei boquiaberta. É muito bom.
Perdoem-me a heresia, mas gosto mais que o original.
Esta semana Gandhe tem de fazer 5 jantares só à base de legumes. Nada de proteína nem hidratos.
Porquê este castigo?
Ora bem, ele durante anos praticou desporto, era jogador federado e aquilo era treinos todos os dias e jogos ao fim de semana. Por vicissitudes da vida adulta e profissional, quando foi trabalhar para o turno da noite, foi-se o desporto. Algumas tentativas de ginásio, mas que saíam sempre furadas, porque ele gosta pouco de ginásios. Gosta mesmo é de desportos de equipa. Ainda se meteu a fazer BTT com colegas do trabalho, mas os horários incompatíveis fizeram-no abandonar esse hobbie.
Resultado: engordou e não foi pouco.
Lá se foi convertendo a uma alimentação mais saudável, a acompanhar-me em refeições com legumes, saladas, mais peixe e carnes brancas, habituou-se à sopa. O problema era a quantidade de comida ingerida e os snacks entre refeições.
Há quase dois anos decidiu voltar ao ginásio. E depressa começou a desmotivar, porque a ideia que bastava lá ir fazer uns treinos e emagrecia estava errada. Lá o convenci a ir à nutricionista que me acompanha, e ela, de acordo com os horários dele, com as rotinas e os dias de ginásio, estabeleceu-lhe planos de refeições completos, com horários definidos. Os resultados não tardaram a aparecer, e ele até ganhou novo animo para o ginásio.
Entretanto teve um problema muscular, depois mudou de horário, e ficou difícil encaixar o ginásio na nova rotina. Novos planos alimentares, novos horários de refeições, mas faltava o exercício físico. Eu dava-lhe na cabeça porque andava a pagar e não ia ao ginásio, ao menos tomar banho, que poupava água em casa. A nutricionista a dar-lhe na cabeça porque o corpo dele reage muito bem ao exercício físico, e se queria recuperar os resultados de outrora, teria de voltar aos treinos. E voltou. Há dois meses que regressou ao ginásio e tem andado atinadinho.
Esta semana, por motivos profissionais, não pode ir ao ginásio, e como ainda não recuperou peso e as medidas, esta semana a nutricionista prescreveu-lhe este plano com jantares só de vegetais, para que não houvesse retrocessos.
E assim me vejo na aventura de andar a criar refeições vegetarianas. Com algum gozo, confesso, principalmente porque o desgraçado come mas falta o que ele gosta.
Ontem fiz abóbora assada no forno com batata doce, acompanhei com espinafres salteados. E o homem suspirou por uns lombos de salmão grelhados que ficavam ali tão bem.
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