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Estórias na Caixa de Pandora

Estórias na Caixa de Pandora

17
Jun18

Em duas semanas, dois livros despachados!

 

Já tinha lido tão boas críticas a este livro, que foi uma das compras mais recentes. E não esperei muito para o ler.

Tenho mixed feelings. Li-o em pouco tempo, portanto a leitura fluiu e despertou-me o interesse. Talvez tivesse imaginado outro tipo de narrativa. Talvez estivesse com outras expetativas. Talvez... 

Gostei. É uma escrita genuína, crua, sentida com dor e alma. É um relato autobiográfio. Se não é, disfarça muito bem. É um relato que podia ser o de qualquer mulher dos nossos dias, da geração do 25 de abril, do Portugal que transitou de uma longa ditadura para um país inserido na Comunidade Europeia. Do Portugal tradicional, fechado, conservador, para um Portugal que dá os primeiros passos para um futuro mais aberto, mais livre, mais promissor... e o Portugal recente da crise económica, ainda tão presente em todos nós, nas sequelas que deixou.

Maria Luísa é narradora, protagonista, é tudo neste livro. E foi esse o elemento que menos gostei. Maria Luísa é dominante nesta narrativa, é tudo sobre ela, à volta dela, ela e ela... Mas, há que ver que é uma narrativa de memórias, um retrato autobiográfico. Faz sentido.

Metaforicamente abre-nos a porta da sua casa, a casa que fora dos pais aquando do regresso a Portugal. Divisão a divisão, leva-nos a conhecer a intimidade da sua casa, da sua vida, das suas vivências. E deparamo-nos com uma mulher que é uma fortaleza e ao mesmo tempo um castelo de areia, uma mulher de armas, e ao mesmo tempo derrotada pela vida e por pessoas que se cruzaram com ela e lhe destruíram sonhos.

Maria Luísa é uma mulher inteligente, culta, corajosa, batalhadora, honesta, bondosa. E é a gorda, aquela que tanto perdeu na vida por não caber nos cânones de beleza feminina, por não ser a menina/mulher que se esperava que fosse ou que deveria ser. E mesmo depois de se submeter a uma operação para emagrecer, mesmo depois de ter um corpo "magro", sente que será sempre a gorda, a que não cabe nos padrões impostos pela sociedade. E enquanto isso espera por aquele amor que a rejeitou por duas vezes, mas que lhe deixa a esperança de voltar para ela. Quando? Não sabe. Quando viver a vida dele e achar que está na hora. Ora, esta parte também me irritou um bocadinho. É que a nossa heroína dá uma no cravo e outra na ferradura. Por um lado há toda uma luta interior para se aceitar como é, enfrentando tudo e todos, mostrando-se dona do seu nariz, muito segura do que é e do que quer, e por outro é esta eterna menina insegura, que se deixa usar e abusar por quem lhe promete migalhas de amor.

No geral gostei do livro. Mas houve aqui algumas questões que tornaram a minha leitura agridoce.

Terminado o livro sobre A Gorda, achei que seria perfeito seguir com: 

O título chamou-me a atenção. A sinopse foi decisiva na minha escolha. 

Estranhei o formato do livro, mas lá dizia Pessoa, "primeiro estranha-se, depois entranha-se"!

É um ótimo livro para ir no saco de praia. Não foi o meu caso, mas enquanto o lia pensava que teria sido ótimo guardá-lo para as férias. Leitura divertida, há muito sarcasmo e ironia nas dicas e ideias das autoras. 

Deixo-vos uma amostra do interior deste hilariante guia para mulheres "normais":

 

07
Jun18

Eu mereço!

Com o problema com que me tenho debatido, e apesar de já ter a consulta marcada, há alguns cuidados que já comecei a ter. Um deles é o repouso das pernas com os pés levantados. Cheguei a dormir algumas noites assim, com duas almofadas de apoio nas pernas para fazer altura.

Coincidência ou sorte, o Lidl hoje tem uma campanha de artigos de Bem-Estar, onde consta esta almofada própria para o repouso de pernas e pés.

almofada.JPG

Ora, o preço é estupidamente apelativo, já que nas casas da especialidade (equipamento médico) uma almofada destas custa três vezes mais.

Aguardei pacientemente por hoje e, pelo sim pelo não, levantei-me mais cedo, e saí mais cedo de casa para lá ir comprar a almofada na abertura.

8h25 chego ao Lidl. Primeiro pensamento: oferecem o pequeno almoço às primeiras vinte pessoas???!!!!

Deixo-me estar no carro, até porque está frio e a chover. Só que começa o aglomerado da brigada do reumático a colar-se à porta de entrada. 

Começam a abrir e... 

Sigo na cauda do pelotão sénior, lá vou à procura das almofadas e eis que me vejo sem qualquer concorrência a ver os artigos de saúde e bem estar. A corrida matinal afinal foi para os trapos do Lidl. 

Pelo que vi, nitidamente os saldos da Zara perderam clientela. 

Moral da história: podia ter feito o meu horário normal, ter ficado mais meia hora (pelo menos) na caminha, passava lá na hora de almoço e certamente não faltavam almofadas terapêuticas para as perninhas cansadas e inchadas aqui da velhota. 

 

06
Jun18

Prova superada

Na segunda lá foi o Smart para a oficina. Accionámos o carro de substituição pelo seguro e eis-me ao volante de um carro com três pedais e uma caixa de velocidades manual.

Oh good Lord, e lembrar-me como é que aquilo se conduz?!

Claro que lembro. Mais fácil que andar de bicicleta. Não deixei o carro ir nenhuma vez abaixo, embora me tenha esquecido de engatar a primeira depois de estar parada nuns semáforos. 

Também foi fácil estacionar, o que pode ser um desafio para quem está habituada a um Smart. 

E pronto, agora que já estou tu cá tu lá com o 208, assim amigos para a vida, lá se vai ele embora.

O que vale é que eu e o Smart somos assim almas gémeas, perfeitos um para o outro, um amor para a vida toda. Que regresse às minhas mãozinhas o pequenino, e que o rombo no orçamento para lhe pôr um kit de embraiagem novo renove os votos de uma longa e duradoura relação. Amor para a vida todaaaaaa! 

 

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