Terceiro volume da saga Sebastian Bergman despachado em três tempos (ou semanas, como preferirem). Tendo em conta que houve dias que não li, quando lhe pegava era de ficar colada, agarrada, difícil de largar. À conta disso tive manhãs que me custaram a acordar, levantar e ir trabalhar com a cabeça "fresca" de uma noite bem dormida (entenda-se número de horas suficientes para não ter ar de zombie mal parido).
Para recapitular os volumes anteriores, deixo os links.
Primeiro volume: Segredos Obscuros
Segundo volume: O Discípulo
Tentando dar um termo de comparação: estão a ver a série Mentes Criminosas, em que uma equipa do FBI, especializada em traçar perfis e analisar comportamentos e intelectos de criminosos para os apanhar, percorre o país a ajudar a resolver casos complexos de serial killers? Pronto, a Riskmord é uma equipa semelhante, com especialistas em diferentes áreas, que se complementam e atuam de forma coordenada na resolução de misteriosos crimes. E depois há Sebastian Bergman que é um psicólogo forense, especialista em mentes criminosas, e vai colaborando com a equipa, não reunindo a simpatia de todos.
O terceiro volume, O Homem Ausente, é um pouco diferente dos seus antecessores. Vemos um maior desenvolvimento da vida pessoal dos protagonistas, mudanças, segredos, revelações. Ficamos a conhecer mais deles, da sua vida privada, familiar.
E depois, há uma misteriosa vala comum, descoberta acidentalmente, com seis esqueletos, quatro adultos, duas crianças, não identificadas. Há demasiadas pontas soltas, demasiadas questões e mistérios e desta vez não será fácil a brilhante equipa avançar muito nas suas investigações. Nós leitores, vamos assistindo a várias histórias paralelas. Uma esposa/mãe que nunca desistiu de procurar o seu desaparecido marido, um jornalista que se interessa pelo caso, um acidente que se descobre não ter sido acidente mas assassinato, e cuja identidade da pessoa é um grande mistério. Andamos todos ali às voltas, com muitas perguntas e quase nenhumas respostas.
Nós, leitores, vamos tentando estabelecer ligação entre as várias histórias que, aparentemente, nada têm em comum nem parece existir qualquer elo de ligação. Procuramos um denominador comum. Algo que seja a ponta do fio que vá começar a deslindar todo o caso. E sim, acontece. Mas... a própria equipa Riskmord sente-se frustrada, no fim, por perceber que, desvendados os mistérios, a verdade não pode vir ao de cima. Houve muito esforço por parte de pessoas extremamente poderosas para silenciar crimes que não deveriam ter sido cometidos, e por causa disso outros crimes aconteceram para acabar com pontas soltas e manter tudo no segredo dos deuses.
A Säpo, aquela agência governamental sueca que aparece muito nos livros de Stieg Larsson, surge neste enredo e, coincidência ou não (não sei que fama terá tal organização governamental secreta), com idênticas referências de conspirações, abusos de poder e ocultação de crimes.
E mais não digo porque não quero estragar a leitura de quem estiver curioso com esta saga.
Adeptos de policiais e thrillers, simpatizantes de profilers, fãs dos policiais nórdicos, a sério, leiam esta saga porque é mesmo muito boa.
Agora, e para terminar esta espécie de resenha, o que me deixou piursa foi este volume acabar daquela forma como muitas vezes acabam as temporadas das séries: um momento crucial, daqueles em que ficamos na dúvida se aquela personagem morreu ou não e... continua na próxima temporada. Pronto, foi isto.
Quarto volume para aquisição em breve, muito em breve. Muuuuuuuaaaaaaahhhhh