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Estórias na Caixa de Pandora

Estórias na Caixa de Pandora

29
Mai19

É o chamado dois em um!

Instagram. É a rede social que agora mais espreito. 

Passei por uma postagem da Pipoca onde na mesma publicação tinha uma foto da Yes Diet, que ela tem divulgado constantemente e (supostamente) está a fazer o programa, e duas fotos da Padaria Portuguesa, indicando que nos dias em que não há tempo para fazer jantar, o take away da Padaria Portuguesa é a salvação.

Isto é publicidade pura e dura. Qualquer pessoa entende e vê isso. 

A questão é que houve alguém que comentou, e sem qualquer tipo de falta de respeito, o seguinte:

pipoca.JPG

Ora bem, eu faço esta leitura: a seguidora da Pipoca comenta sobre a incongruência de numa mesma publicação haver referência a dois produtos alimentares opostos - um de dieta, que segundo consta é um programa completo de refeições a seguir, e outro sobre um take away com comida "normal" (não que seja necessariamente não saudável). 

A Pipoca, ainda que eu entenda que também esteja farta de ser atacada por ter cão e por não ter, olha, faz parte da profissão que escolheu, expõe-se assim, é uma influencer, faz publicidade ao que lhe pagam e dão para fazer, e ok, mas responder feita virgem ofendida, com aquela arrogância que lhe é tão própria é, a meu ver, uma falta de respeito para com os seguidores que lhe permitem ter a carreira/vida que tem. Não fosse a cambada de póneis e ela não seria a influencer que é, nem andaria a ser paga para publicitar produtos, quer os use ou não, goste ou não deles. 

Depois, nos muitos comentários aparece uma alminha pseudo-inteligente a dizer que as pessoas não percebem um cu de marketing digital. Eh pá, se calhar não. Mas é preciso ter licenciatura e pós graduação na área para perceber as publicações da Pipoca, é isso?

Foda-se, deixem-se de merdas. Simplesmente é ridículo e absurdo, totalmente incoerente, esta postagem dois em um. É a mesma merda que numa mesma postagem publicitar uma bebida alcóolica ao mesmo tempo que alerta para a condução segura. 

Mas quem sou eu para perceber de influencers, de marketing digital e do universo paralelo dos póneis da Pipoca...

 

27
Mai19

Levaram Annie Thorne: leitura da primeira quinzena de maio

Já li este livro há umas duas semanas. Ainda não consegui falar dele.

Primeiro, vou dar um desconto por ter devorado dois volumes da saga Sebastian Bergman, pela qual estou totalmente viciada e apaixonada, portanto, qualquer livro que lesse depois dessa leitura compulsiva era um ato inglório.

Segundo, li O Homem de Giz, opinião aqui,  e gostei, portanto não hesitei em partir para o segundo livro da autora. 

Tem inúmeras semelhanças com o seu antecessor: a trama é-nos contada por uma personagem, que como narrador é altamente subjetivo e falível. Os factos narrados são os que ele conhece, ou presume conhecer, as verdades que sabe, ou presume saber. E é nesta visão altamente subjetiva e parcial de factos e de verdades que vamos sendo guiados pela sua voz, uma personagem que nos dias de hoje é um adulto pouco recomendável moralmente, professor de inglês, viciado em jogo, com problemas de dívidas e envolvido com pessoas que ninguém deseja ter como inimigos. No passado revê-se como um adolescente algo introvertido, mas que faz de tudo para pertencer ao bando dos durões lá da escola, ainda que isso lhe traga muitas dúvidas e alguns conflitos interiores. Mais uma vez a história é um complexo puzzle. Um puzzle onde as peças do passado e do presente, com um lapso temporal de 25 anos, se vão encaixando, vamos descobrindo personagens e os seus segredos mais obscuros, as meias verdades, o que parecia ser e nunca foi, até chegarmos ao fim e podermos olhar para um todo e, então, perceber tudo, ou quase tudo. 

Confesso: não gostei tanto como do primeiro livro da autora. 

Há neste livro um elemento que não sou particularmente fã e acho que estraga um bocado o thriller: o tema do sobrenatural. Ou então foi mal explorado no enredo e daí ter deixado algumas pontas soltas que, a mim pelo menos, me deixaram meia sem perceber que raio se passou com Annie Thorne, que raio de segredos sombrios esconde toda uma vila e as suas misteriosas minas.

Ainda assim, o balanço é positivo. A autora tem uma capacidade muito interessante de jogar com os enredos, misturando peças, confundindo o leitor, guiando-o por caminhos sinuosos, onde a qualquer momento há um desvio qualquer inesperado e que faz o leitor voltar à estaca zero, quando estava convencido que tinha achado o fio à meada. 

 

26
Mai19

Pandora dixit

No supermercado, naquele que começa em L e termina em idl, andava eu  a secção de produtos de beleza e higiene.  Na lista de compras tinha gel de banho e gel de higine íntima (o da Cien é fantástico). Gel de banho check. O outro não estava a vê-lo. 

Gandhe: que procuras?

Pandora: Gel de higiene íntima. 

Gandhe: Qué isso?

Pandora: Gel para lavar o pipi.

Deixo à vossa imaginação a expressão de uma senhora que estava perto e ouviu a conversa. 

24
Mai19

Faz de conta que sou féxion (pelintra star)

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Há dias A blogger de maior influência nacional escreveu sobre o amarelo ser a cor da moda.

Ora, aqui está Pandora na moda. Pena que me esteja a passar ao lado uma carreira de influencer e lança tendências, porque aquele top (Stradivarius) já tem (pelo menos, do que me lembro) três anos. Sem falar de um casaco de inverno amarelo mostarda (Stradivarius again) que comprei no outono/inverno de 2012/2013.

Pronto, a sandaloca é que é nova, e indecisa entre um rosinha nude e um amarelo mostarda, optei claramente pelas amarelas, até porque nos últimos três anos tenho comprado alguns tops e blusas amarelos. Ah e também tenho umas calças do ano passado. 

Ah e tal o amarelo está na moda... pfffff. E ando eu a usar amarelo há anos.

 

 

23
Mai19

Pensamento do dia

Soubessem o que têm sido as minhas últimas semanas, e perceberiam como esta citação assenta que nem uma luva ao meu estado de espírito.

Anda por aqui uma onda de revolta embrulhada em frustração.

Mas sou uma teimosa do caralho, e o que não me mata, torna-me mais persistente e aguerrida.

Foi assim que fui forjada: a ter que contar comigo e só comigo para sobreviver num mundo de egoístas, a ter de provar constantemente a quem só me punha para baixo, me empurrava e enterrava na lama, de que sou capaz, de que tenho o meu valor, de que também mereço respeito e amor.

Nestes dias sinto-me a ficar mais crua, mais fria. Talvez mais egoísta. Ou simplesmente a pôr-me a mim em primeiro lugar, porque mais ninguém o faz. A segurar o meu mundo, em vez de suportar o dos outros e deixar o meu cair. A dar-me importância e valor, porque não posso nem devo esperar que esse reconhecimento venha dos outros. Não vem. Vem de mim. Tem de vir de mim, de dentro de mim. Se isto é ser egoísta, pois que assim seja! 

 

21
Mai19

Game of Thrones

Não vi. Não me interessa (por ora) ver. Conheço os contornos gerais da história por ter várias pessoas à minha volta que são fãs e iam contando cenas (além do que ia encontrando nas redes sociais).

Mas agora que acabou e, segundo parece, o desagrado é geral,  podemos retomar a vidinha normal? Ou vão fazer petições para ressuscitar os dragões? (Ups, isto quase que parece piada futebolística). 

 

20
Mai19

Dramas de um ordinário* dia

Gaja lava blusa. Gaja estende blusa. Blusa seca. Gaja passa a ferro a blusa "só pra dar ali um jeitinho". Gaja veste blusa de manhã. Gaja sai de casa, entra no carro, põe o cinto, como manda a lei. Gaja, sete minutos depois, chega ao trabalho, estaciona, tira o cinto e sai do carro. Gaja olha para a blusa e... Que pariu estava menos engelhada quando saiu do estendal, antes de passar a ferro.

Moral da estória: se for andar de carro, não passe blusas a ferro.

 

*Ordinário = comum.

 

16
Mai19

Vou dar uma de indignada, posso?!

Screenshot_20190516-222459_Instagram.jpg

 

O que vêem nesta imagem da campanha publicitária partilhada na rede social Instagram da marca (limitei-me a fazer um screenshot)?

Duas modelos, dois biquínis. Dois corpos diferentes.

E tudo bem, estamos numa época em que nunca se falou tanto disto da diversidade de corpos, e abaixo os estereótipos de beleza, todos os corpos são bonitos, blá blá blá. Discurso muito life coaching para depois ser isto.

E o que é isto?

Então para mim isto é a puta da hipocrisia.

A modelo magra está toda airosa, com o corpo bem visível. A modelo plus size (que é a forma simpática de dizer que é a gorda) tem uma echarpe a envolver-lhe a zona do ventre, e como se não bastasse, as mãos estão estrategicamente colocadas à frente. Portanto, aquele pneu, que 95% das mulheres têm, não é visível na modelo plus size que fotografou com um biquíni da conhecida marca. 

Não alcanço a mensagem publicitária, a sério? Têm ou não têm biquínis para todos os corpos? Um corpo mais curvilíneo, com coxa grossa e barriginha, sem o six pack definido, tem de se esconder numa echarpe? 

Pois, realmente é por causa destas merdas que eu acabei por ceder à história do fato de banho. Porque sinto essa pressão de que é feio, inestético e "vergonhoso" exibir um pneuzinho a sair da tanga do biquíni na praia. Porque o ano passado dei por mim a ir para uma zona mais afastada da praia para não mostrar o corpo a muita gente. Porque na verdade já tive os meus momentos de nem querer sair de casa no verão, por não saber o que vestir, porque tudo me fazia sentir a gorda que a sociedade, por um lado defende, e por outro espeta a facadinha e olha com desdém.

Já agora, só falta pôr um sinal à entrada da praia: proibida a entrada a mulheres com mais de 50 kg. Ou: se tiver mais de 50 kg, enrole-se na toalha e não saia do meio das dunas.

 

 

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