Seis semanas, seis livros!
Robert Bryndza, um nome que já estava na minha mira há algum tempo. Ler estes seis livros seguidos foi uma experiência em tudo semelhante a ter feito uma espécie de maratona a ver uma temporada de uma série. Vá, espero que esta ainda não tenha chegado ao fim, nada no sexto livro indica que a história da inspetora Erika Foster terminou. Entretanto o autor já lançou novo livro, mas com outra detetive, portanto, parece-me que há nova série policial deste autor (a não perder, até porque já li os primeiros capítulos disponibilizados na WOOK e promete ser tão bom como os da série Erika Foster).
Para sinopse livro a livro, ver links abaixo.
Não vou dar um feedback individual, livro a livro, mas do todo. Para quem é fã de séries policiais, ao estilo do Castle, tem aqui uma boa e empolgante leitura.
Escrita fluída, capítulos breves, quando damos conta já lemos 100 páginas e nem demos por isso. O autor sabe manter a curiosidade do leitor, mesmo quando, e isto é muito interessante, numa fase precoce, quase inicial, sabemos a identidade do assassino. E por que é que eu digo que é interessante? São livros que constituem uma série, podem ser lidos isoladamente, pois há sempre referência a dados e informações das personagens principais (e suas histórias e passado), mas nem por isso têm todos a mesma estrutura narrativa. Alguns descobrimos a identidade do assassino no fim, a par da investigação, noutros sabemos bem antes da equipa de investigação quem é o culpado, mas a curiosidade e o interesse não se perdem, pois o foco da atenção está voltado para a investigação em si, no que vai acontecendo e que vai afastando ou aproximando a equipa de detetives, liderada pela insperora Erika Foster, da resolução do crime.
E há crimes para todos os gostos, o que é também interessante pois denota a mestria do autor em, apesar de recorrer ao mesmo núcleo central de personagens, consegue variar as histórias. Temos serial killer, temos crimes passionais, temos crimes que começaram por ser um acidente e depois perde-se o controlo na ânsia de camuflar o que aconteceu, temos uma inspetora viciada em trabalho, em parte para esquecer o drama da vida pessoal, em parte porque é extremamente dedicada e empenhada para descobrir a verdade e fazer justiça às vítimas. Temos as histórias pessoais e familiares do núcleo central de personagens que também despertam interesse e curiosidade ao leitor.
Recomendo mesmo esta série. Podem ler separadamente, podem ler por outra ordem (não aconselho, mas...), podem ser malucos e fazer como eu, ler tudo de seguida. É viciante.
E não, não andei a ler à maluquinha sem fazer mais nada dos meus dias. A quarentena acaba por proporcionar mais tempo livre, ainda que esteja a trabalhar. Há outras atividades que tinha na minha vida a.C. (antes Covid) e agora, por força das circunstâncias, não tenho, como por exemplo as aulas de dança ou de dance fitness. Portanto, o facto de não andar a correr em contra-relógio, sair do trabalho, vir a casa, mudar de roupa, seguir para a aula, vir mais tarde para casa... só isso já significa tempo livre. E tempo livre que dedico mais à leitura, por exemplo. Aliando ao facto de ter ficado muito empolgada com as leituras e ter escolhido ler os seis seguidos, foi assim uma média de um por semana e quase sem dar por isso. Acontecia acabar um e ir logo buscar o seguinte para começar. Dá para ter uma ideia de como andei mesmo entusiasmada com esta coleção de livros, não?!