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Estórias na Caixa de Pandora

Estórias na Caixa de Pandora

29
Mar21

...

E de repente passou outro mês, daqui a nada é abril e não sei para onde o tempo se esvai.

Contraditória esta sensação, já que se vive um novo confinamento e a vida (alegadamente) abranda.

Sabem aquela palavrinha que está muito na moda, burnout? Pois... foi o que tive há algumas semanas atrás. Bati no fundo e a vida tirou-me o chão debaixo dos pés. Aquilo que eu tinha como seguro, os meus alicerces e fundações inabaláveis, abalaram e tremeram, quase ruíram. Quase. 

Aprendi tanta coisa em pouco dias. Aprendi com dor e angústia. Dores de crescimento, chamam-lhe. Crise. A crise é o motor da mudança. Da evolução. Da transformação. Aprendi que eu tenho de ser a primeira a mudar. Se eu mudo, o outro muda. A vida muda. Passei demasiado tempo a querer que o outro mudasse. A exigir aquilo que eu própria não dava nem fazia. Que rica moral?! Conseguir olhar-me com clareza e perceber o quão tóxica tenho sido. Qual a opção? Vitimizar-me no papel da coitadinha ou fazer melhor, ser melhor? Procurar dentro de mim o meu melhor? Descobri que viver em amor é o caminho para ser feliz, e esse amor começa pelo amor próprio. Que não tinha. Não sentia. Não alimentava. Como esperar ser amada por outras pessoas se eu, eu própria, não me amo? 

Esta coisa da terapia, do autoconhecimento, do amor próprio tem sido uma jornada do caraças! Tem mexido com muita coisa. Demasiadas coisas que atirei para debaixo do tapete e esperei que o tempo as levasse, a vida as esquecesse. Ingenuidade. Tenho tomado uma consciência (que não tinha) do que sou, do que faço, por quê. Descobri que sou forte, muito forte. Que houve os momentos em que a vida não me deu outra alternativa que não fosse o ser forte. E caramba, é bom! Eu sou capaz! Eu consigo! E o mais poderoso que pude sentir nos últimos tempos foi este grito do EU POSSO E MEREÇO!! Porque nunca acreditei que eu merecia. Permiti que me fizessem acreditar nisso. Eu não merecia.  

Dói mexer nestas mágoas que guardo como se fossem o meu ADN. Tenho de as enfrentar. E libertar. Porque não me servem mais. São estas emoções negativas que preciso descartar, largar, soltar, deixar ir. E encontrar forma de perdoar quem me fez sofrer tanto. Porque é esse o passaporte para a libertação: o perdão.

Não sei ainda como o conseguirei. Há mágoas muito profundas. E que tenho andado a protelar enfrentar, mexer, dissecar. Olho pelo canto do olho para os exercícios de psicoterapia que tenho para fazer. Fecho os olhos e respiro fundo. Não quero. Não agora. Não hoje. E os dias passam. E nunca é o dia. Agora mesmo escrevo no blog em vez de estar sentada com o caderno à frente. Sou só eu e um caderno, que tem isso de assustador? Sou eu a ir dentro de mim, ao mais fundo de mim resgatar as histórias do passado, soltar as emoções, chorar o que tiver de chorar, e, por fim, soltar e deixar ir. E, foda-se, que dói. 

03
Mar21

Bochechas de porco no forno

Ingredientes:

  • Bochechas de porco
  • 1 cebola picada
  • 4 dentes de alho picados
  • 2 folhas de louro
  • um fio de azeite
  • sal
  • 1 colher de chá de pimentão doce
  • 1 colher de chá de tomilho
  • 1 cerveja

Preparação:

Num pirex cobrir o fundo com a cebola e os alhos picados. Dispor as bochechas de porco e temperar com sal, o pimentão doce, o tomilho, um fio de azeite e as folhas de louro partidas em pedacinhos. Regar com a verveja e deixar marinar algumas horas, de preferência de um dia para o outro.

Levar ao forno, coberto com folha de alumínio, a 180º entre 40 a 45 minutos. Terminado o tempo, retirar a folha de alumínio e levar novamente ao forno para dourar um pouco mais uns 10 a 15 minutos. 

Servir com arroz branco e uma salada ou legumes cozidos.

 

Eu adoro bochechas de porco. Normalmente, quando compro, costumo seguir a receita da minha amiga alentejana. Desta vez quis experimentar algo diferente e correu muito bem. 

Fica a sugestão 

01
Mar21

Chegámos a março... ou será que ainda estamos em março?

Está quase quase a fazer um ano que entrámos, oficialmente, em confinamento e estado de emergência, e o Covid passou a dominar a vida de todos nós.

Nunca, em momento algum acreditei que um ano depois estaríamos na mesma, ou pior, convenhamos. Há um cansaço enorme e geral. Estamos neste momento a recuperar daquilo que há um ano atrás víamos nos outros. Aqueles números alarmantes e assustadores que nos eram dados de Itália e Espanha. Aquela realidade que víamos aproximar-se de nós a passos largos e iniciou o pânico que nos fez fechar tudo e ficarmos em casa com promessas e arco-íris que nos diziam que "vai ficar tudo bem".

Um ano depois os arco-íris esbateram a cor. O "vai ficar tudo bem" silenciou-se. 

Um ano depois, cá estamos. E assim continuaremos. Desengane-se quem acha que 2021 será muito diferente de 2020. Que possamos recuperar desta onda avassaladora de janeiro, e da qual estamos a pagar um preço alto, e que possamos fazer o que estiver ao nosso alcance para não voltar a cenário semelhante. 

 

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