Pensamento do dia
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Agosto vai a meio e hoje é aquele difícil dia de regresso à rotina depois das férias. Na vida de adulto duas semanas de férias são quase uma eternidade. Quem tira três semanas seguidas deve ser a "loucura".
As férias foram muito boas. Chego ao fim das férias com esta sensação de leveza e plenitude. Mais. De estar a fazer as pazes com o mês de agosto, que nos últimos anos não tem sido meigo comigo.
Em 2020 agosto começou com morte: o meu pai partiu.
Em 2021 agosto terminou com outra morte: o meu relacionamento acabou de forma extremamente dolorosa.
Os lutos que tive de viver foram de uma dor atroz. E leva tempo para reerguer desse sofrimento e transmutar a dor que se sente.
Agosto de 2022 traz alguma tranquilidade. Pelas boas memórias criadas nestas férias, pela leveza dos dias vividos e aproveitados. Pelos banhos de mar, pelos petiscos, pelos passeios a descobrir novas paisagens e lugares. Tranquilidade neste viver devagar, aproveitar as pequenas coisas como uma boa noite de sono, sentir o sol na pele, o mergulho nas ondas do mar, o petisco na esplanada, o livro. Aproveitar a companhia, beijar e abraçar, rir, conversar, ser vulnerável e permitir-me pedir ao outro o que preciso. Mesmo quando vem a dor despertada por um qualquer gatilho emocional, respirar fundo e voltar ao presente. Com uma mão que se estende num abraço e me resgata para este presente. Está tudo bem. Eu estou bem. Nós estamos bem. Continuemos.
Espero chegar ao fim do mês de agosto e olhar para o último ano com a mesma tranquilidade e serenidade. Fechar o mês pacificada. E sempre grata. Até pela dor que me atravessou e me rasgou até às profundezas do meu ser. Foi essa dor que me fez crescer, amadurecer e transformar-me.
Aos agostos do passado, obrigada. Ao agosto presente, obrigada.
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