Não aprecio a obra de José Saramago. Nem a sua escrita. Nem o estilo. Nem nada.
Então arrelia-me um bocadinho ouvir coisas como "obviamente, o meu escritor preferido é, claramente e como não podia deixar de ser, o nosso José Saramago" e outras que tais.
Pois então que, para mim, advérbios como obviamente, claramente, ou locuções como tinha de ser, que transmitem este cariz de verdade universal, inquestionável e de obrigatoriedade moral mexem aqui com a minha bílis.
Herege que sou, reafirmo: não gosto de Saramago. Da escrita. Também não tinha qualquer tipo de simpatia pela figura.
Das verdades universais, inquestionáveis e das obrigatoriedades morais, não lamento ser do contra ou, apenas ter gosto e voz própria. Assim como assim, nunca tive muito jeito para seguir "rebanhos" só porque sim.
P.S. Ainda vou dar uma oportunidade para ouvir mais episódios de um podcast sobre livros, que descobri recentemente. Claramente o episódio dedicado, exclusivamente, a José Saramago vai ser passado à frente.