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Can-sa-ço. Muito. E não é pouco. Bastante.
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Can-sa-ço. Muito. E não é pouco. Bastante.
Era uma tarde quente de início de setembro. Sábado. A praia tinha a agitação de um verão que se estendia pós férias. Ela chegou sozinha. Arrancou para a praia e esperou lá pela amiga que se ofereceu para companhia (e não só). Percorreu o areal absorta, desligada de todo o burburinho alegre que ecoava pela praia. Parou perto da água. Deixou cair o saco, despiu o vestido e entrou na água, sem qualquer hesitação. A dor era por demais profunda e procurava, a qualquer custo, anestesiá-la. Um mergulho, depois outro, e assim foi mergulhando, cansando o corpo e misturando as lágrimas com a água salgada.
Voltou para o sítio onde havia deixado o saco caído. Estendeu a toalha e sentou-se, frente à imensidão do mar, contemplando o vazio que se abrira na sua vida. Colocou os phones para se isolar das conversas intercaladas com risos. A alegria que pulsava à sua volta fazia ricochete na profunda solidão que sentia. Ligou música no telemóvel e ouviu...
O que mais gostei no Carnaval?
Ter sido feriado.
Fantasiei-me de anónima e procurei um local onde não houvesse festejos carnavalescos. Foi muito fácil, a sério.
Daqueles acasos espetaculares, encontrámos uns amigos onde fomos almoçar e acabámos a passar a tarde todos juntos, em animadas conversas e amena cavaqueira. Se tivéssemos combinado, não teria corrido tão bem.
Agora o que custa é, na mesma semana, ter duas segundas feiras.
Guardo em mim um oceano de lágrimas. E de mim se abre um sorriso que ilumina esse oceano profundo.
Colega (jovem*):
- Oh Pandora, tu que já tens mais idade, lembras-te dos Mamonas Assassinas?
* com menos de 30 anos
Descobri a identidade do psicopata do thriller que ando a ler. Totalmente fora da caixa.
Ontem, ao ir ao Hospital Veterinário para a dose diária de antibiótico por via intravenosa, não ouvia o Patinhas. Cheguei a pensar com os meus botões se teria efetivamente colocado o gato na transportadora.
Com o problema de saúde do Patinhas, agora há medicação diária a administrar. Por via oral. Este fim de semana houve mais um episódio que o levou a ir de urgência para o Hospital Veterinário, três dias de internamento. Teve alta e veio com dois antibióticos para tomar, de 12 em 12 horas. Via oral. Comprimidos. Pelo menos durante 10 dias.
Ao segundo dia já me apetece trepar paredes, arrancar cabelos e espetar um garfo nos olhos.
Depois vejo tutoriais destes e penso que a minha sorte é morar num RC. Saltar janela fora não será um grande estrago. O mesmo é válido para o gato
Grupos de Facebook. Daqueles em que a ideia é pedir dicas, sugestões, recomendações. Por exemplo: um serviço de canalizador, ou recomendações sobre o melhor frango de churrasco da zona X. Ou por exemplo, como uma publicação que vi ontem, na localidade Y se alguém sabe se há aulas de yoga ou pilates. E depois vêm as respostas. Ahhh as respostas. Pegando no exemplo que acabei de dar, as respostas eram uma panóplia de sugestões. Pena que quase nenhuma seja no enquadramento geográfico solicitado.
É quase como perguntar onde se pode comer uma boa francesinha na cidade do Porto, e uma alminha recomenda um determinado sítio em Braga.
Entre fases em que estava consistente e fases em que parei por completo, o yoga começou a fazer parte dos meus dias e do meu ritual de autocuidado. Noto quando passo dias sem praticar 5 minutos que seja. É mesmo verdade. O corpo dá sinais ao fim de uns dias em que não vou ao tapete. E é o suficiente fazer uns alongamentos sincronizados com a respiração (exemplo é a sequência conhecida por saudação ao sol, da qual pode haver difentes versões). O suficiente para sentir logo outra leveza nos ombros, na postura geral do corpo. O suficiente para acalmar. A respiração consciente é um eficaz recurso para nos trazer ao presente e acalmar as emoções e os pensamentos em loop.
Estou numa fase de ser consistente. Encontrei no Instagram um desafio de 10 minutos de yoga em 28 dias e aderi. Tão bom! Ainda não estou a fazer todos os dias, e ontem por exemplo, para colocar as práticas em dia, segui os últimos 4 vídeos, dos últimos 4 dias. Foram pouco mais de 40 minutos em movimentos fluídos, seguindo o ritmo da respiração. No fim, no momento do relaxamento, a magnífica sensação de me terem saído algumas toneladas de cima.
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