Voltei do silêncio. Recolhi-me na dor de uma perda. Foquei atenção na vida que segue em frente, e eu com dois projetos de vida a desenvolverem-se em simultâneo. A agenda tem andado demasiado preenchida, deixando-me com pouco ou nenhum tempo para mim, para o que me é importante e essencial, o que me fez entrar numa espiral de cansaço, carência, insegurança. Sinto que a ameaça de tempestada começa a dissipar-se. Enfim, um pouco de tranquilidade e equilíbrio. E tantas coisas boas a acontecer. Tanto a agradecer. Coração sereno, alma feliz.
Hoje é um daqueles dias, filhos de uma grande e assustadora ursa, em que me ocorre dizer: nada.
Porque o trauma fica, mesmo que nas profundezas no nosso ser. E aprende-se a viver com ele, porque faz parte de quem sou, da minha história, do caminho que percorri e me trouxe aqui. Chega a haver dias em que até agradeço ao trauma por ter sido um forte impulso no meu amadurecimento e crescimento.
Mas também há aquele(s) dia(s) em que um gatilho qualquer desperta a dor do trauma. Eriçam-se os pêlos da nuca e o corpo tensiona cada músculo, num claro sentido de vigilância e alerta. A puta da sensação de dejá vu (ou mais a memória dolorosa daquele dejámefudi).
Fui aprendendo a lidar com estes dias. Ao início eram mais frequentes. A verdade é que o tempo não cura, mas cria distância. A resposta para a pergunta com que iniciei é apenas uma: COM AMOR PRÓPRIO. Um trauma cura-se com amor próprio. Com autocuidado. Com aceitação. Com valorização pessoal. Com merecimento. O meu merecimento.
A julgar pelo ritmo a que estou a ler um dos ebooks que comprei na semana passada, bem que a WOOK pode fazer campanha semelhante na Páscoa. Deste ano, caso possa haver dúvidas quanto à referência temporal.
Contudo, não obstante, porém... convém não esquecer que o que gastei na semana passada estará brevemente disponível em saldo do cartão Wookmais.
Graças a esta campanha da WOOK, comprei 5 livros (ebooks). CINCO. C-I-N-C-O!
Vou ficar de "castigo" o resto do ano.
Não resisti a aproveitar a campanha para comprar os livros que me faltavam, e assim completar duas séries de thrillers, de dois autores cuja obra tenho devorado nos últimos tempos: Robert Bryndza e Leslie Wolfe. E esta coisa de séries em livros é coisa para viciar tanto ou mais que as séries de TV.
Adiante, estava a ser irónica há pouco, porque dinheiro gasto em livros é dinheiro bem gasto e um excelente investimento (honra seja feita ao meu pai que, desde que eu era miúda me impulsionou e alimentou o gosto pela leitura, sendo até bastante generoso nas encomendas do Círculo de Leitores).
O ficar de castigo é, como quem diz, não compro livros novos este ano. Se vou cumprir? Provavelmente não. Tenho lido imenso ebooks. Os livros físicos que estão na minha estante à espera de serem lidos, assim têm ficado, à espera. Não porque não os queira ler, quero muito (Isabel Allende consta nessa lista), mas porque efetivamente se tornou tão prático o ebook.
Mordo a língua, eu sei. Ah, não há nada como o livro físico, o toque das folhas, o cheiro indescritível que os livros têm (como ainda não foi criado um perfume com aroma a livros???), o encanto que uma estante cheia de livros tem e enche a casa de uma certa magia. Mas, há que dar a mão à palmatória. Na correria do dia a dia, o ebook sempre ali disponível no telemóvel ou num e-reader (ainda não aderi) permite que se leia mais, em qualquer sítio, a qualquer hora. Portanto, eu confesso, estou rendida aos ebooks. Quem sabe a seguir experimento os audiolivros. Quem sabe.