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Exercício físico. Bem estar.
Duas expressões que costumam andar de mãos dadas, sempre juntinhas numa propaganda de vida saudável.
Então alguém que me explique, assim como se eu fosse muito burra, como posso associar exercício físico a bem estar se depois de um treino com o PT fico:
- Dias seguidos com dores nos braços que mal consigo apertar/desapertar o soutien ou passar a esponja de banho nas costas.
- Dias com um andar novo, em que qualquer semelhança com um pinguim coxo não é coincidência, levantar da sanita exige que me agarre a alguma coisa, para logo a seguir largar, porque raios, também não posso dos braços.
Sinto-me mais empenada que uma cadeira ferrugenta largada num ferro velho. Ora, e este sentimento leva-me a outro tipo de bem estar: ah o exercício físico faz bem à mente, à autoestima. O caralhinho é o que é. Sentir-me uma carcaça ferrugenta não abona muito na minha autoestima, e passar o dia sem perceber bem se dói mais as pernas, os braços, os ombros, ou as unhas dos pés também não ajuda muito ao mindfulness. Já o síndroma de tourette acompanha cada movimento que faço, pelo que temo que esteja a agravar-se a um ritmo vertiginoso.
Hoje doem-me as nádegas. As nádegas. Ou glúteos.