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Estórias na Caixa de Pandora

Contém merdas que não te interessam...

Estórias na Caixa de Pandora

Contém merdas que não te interessam...

26
Jul23

66/365

Exercício físico. Bem estar.

Duas expressões que costumam andar de mãos dadas, sempre juntinhas numa propaganda de vida saudável.

Então alguém que me explique, assim como se eu fosse muito burra, como posso associar exercício físico a bem estar se depois de um treino com o PT fico:

  • Dias seguidos com dores nos braços que mal consigo apertar/desapertar o soutien ou passar a esponja de banho nas costas.
  • Dias com um andar novo, em que qualquer semelhança com um pinguim coxo não é coincidência, levantar da sanita exige que me agarre a alguma coisa, para logo a seguir largar, porque raios, também não posso dos braços.

Sinto-me mais empenada que uma cadeira ferrugenta largada num ferro velho. Ora, e este sentimento leva-me a outro tipo de bem estar: ah o exercício físico faz bem à mente, à autoestima. O caralhinho é o que é. Sentir-me uma carcaça ferrugenta não abona muito na minha autoestima, e passar o dia sem perceber bem se dói mais as pernas, os braços, os ombros, ou as unhas dos pés também não ajuda muito ao mindfulness. Já o síndroma de tourette acompanha cada movimento que faço, pelo que temo que esteja a agravar-se a um ritmo vertiginoso. 

 

Hoje doem-me as nádegas. As nádegas. Ou glúteos. 

 

26
Jul23

65/365

Julho quase a acabar.

Eu quase a entrar de férias.

Este ano ainda não pus os presuntos a apanhar sol na praia, nem um único mergulho no mar ou numa piscina. Não tive sorte com o tempo em maio, quando tive uns dias de pausa e papo para o ar, portanto só admirei a piscina da varanda do quarto ou da esplanada ao lado. 

Este ano as férias de verão estão destinadas a... rufos... MUDANÇA DE CASA. Um mar de caixotes, um tsunami de merdas e merdinhas para encaixotar e mudar de sítio. Fico com suores frios quando penso na quantidade absurda e insana de coisas que acumulamos dentro de casa, mesmo quando achamos que somos minimalistas e temos o "essencial" e necessário. De repente descobrimos que há um conjunto de pratos que nunca usámos, que há três prateleiras cheias de copos e, nestes anos todos, usámos os que estão à frente... fora os que se foram partindo. E aquela sanduicheira que foi oferecida e foi usada uma vez? Já para não falar das gavetas cheias de cabos, cabinhos, carregadores e velhos telemóveis que foram sendo atirados para lá sem saber que destino lhes dar. 

Eu sei, eu sei. As mudanças de casa dão uma trabalheira do caraças, e no fim tudo vai valer a pena. O durante é que é fodido. Porque é o encaixotar, o levar e depois o organizar no nova espaço. E isto é um resumo muito breve do que me espera nestas férias. Também é a oportunidade ideal para praticar a arte do desapego. Com os níveis de stress em crescendo, pode atingir-se aquele clímax de juntar um monte e atear-lhe fogo. 

Ainda assim, grata por até ter calhado em altura de férias, que estamos mais disponíveis (e cansados) e podemos dedicar o tempo e (pouca) energia a esta trabalheira. Este que bom calhar nas férias é na verdade fruto dos prazos inicialmente previstos. Sim, a esta altura eu já devia estar instalada na nova morada. 

E esta história de "atrasos" deve ser assim uma espécie de bandeira nacional, porque tudo atrasa neste país. Agora também tenho os fornecedores das mobílias a dizer que só entregam e montam depois de 14 de agosto. E só me apeteceu mandá-los visitar a santa da mãezinha que os deu à luz. É que o acordado e contratado foi entrega e montagem em final de JULHO. Na semana em que querem entregar e montar já estamos de regresso ao trabalho e sem disponibilidade de horário. Ah e tal porque precisam da equipa para a montagem numa feira em que vão estar, e mimimimi. Sim, e todos os anos estão nessa feira, que todos os anos acontece na mesma altura. Não há aqui qualquer imprevisto que não seja apenas e só a má gestão de tempo. #fodeibos. Também vou atrasar o pagamento da fatura duas a três semanas a ver se gostam. 

Inspira... expira... inspira... expira... fodaaaaaaaaa-seeeeeeeee!

 

26
Jul23

64/365

Colega de trabalho liga-me para me falar de uma situação urgente que me ia enviar para eu tratar.

- OK, envia o quanto antes porque vou de férias no fim desta semana - digo eu. 

- OUTRA VEZ DE FÉRIAS? AINDA AGORA ESTIVESTE UM MÊS DE FÉRIAS? - com um total e absurdo tom de indignação. 

Oi? Como? Ainda agora foi em maio. Um mês????? Foda-se, eu devo fazer mesmo falta, porque foram 11 dias de licença. 11 dias dá duas semanas e um dia. UM MÊS???? 

14
Jul23

62/365

Não são só os thrillers que me fazem ler compulsivamente. Nos últimos 4 dias li estes dois de Fredrik Backman. A leitura compulsiva foi, essencialmente, muito emotiva. Foram inúmeros os momentos que me arrepiei e me emocionei ao ponto de ficar com lágrimas nos olhos. E sorrisos, também. Muitos foram os sorrisos de ternura, porque a vida, muitas vezes, traz desafios enormes, dores e sofrimentos que parecem impossíveis de ultrapassar, e são nesses momentos de sombras e trevas que, no meio do gelo, vem o calor humano. É muito mais do que ler as histórias das várias personagens que compõem a pequena comunidade de Björnstad. É sentir a dor delas, a força que emana dessa dor, é comovermo-nos com a solidariedade, com o espírito de interajuda tão subtil e silencioso quando à volta o ódio e as rivalidades parecem vencer. 

Estou naquele momento em que não sei o que ler a seguir, porque o que quer que venha a seguir vai ficar aquém das emoções que estas personagens de Björnstad despertaram, do quão profundo foi o toque que senti na alma e no coração. 

 

04
Jul23

61/365

Que tristeza é essa logo de manhã? - ouvi, enquanto esperava que a máquina acabasse o café.

Se soubessem. Se soubessem...

Prende-se o olhar num horizonte vago, fixa-se um ponto qualquer para que as lágrimas não corram. E elas acumulam-se cá dentro. 

 

 

03
Jul23

60/365

Entrámos na segunda metade do ano.

O verão chegou, o calor, o cheiro a férias (as minhas ainda não, estão quase a chegar). 

Olho para o número de posts escritos. Este é o 60º. Lá se foi a ideia de 1 post por dia para chegar ao fim do ano com 365. Paciência. Recordando as minhas próprias palavras:

Expetativa: conseguir escrever 365 textos* em 365 dias. 

Realidade: pode haver dias que sai mais que um texto. Pode haver dias que não sai texto nenhum. Pode voltar o vazio, o silêncio e o bloqueio. Pode acontecer tanta coisa que me faz vir aqui ou afastar-me. 

Para registo: tenho lido imenso (cada livro dura-me dois dias, o fim de semana basicamente). TV zero, nem como barulho de fundo para fazer companhia em casa. Mais depressa coloco os phones e vou ouvindo podcasts enquanto ando nas minhas tarefas domésticas.

O tempo em casa também tem sido pouco. Durante a semana e após sair do trabalho, a agenda divide-se entre ginásio, aulas de dança (retomei os ensaios para a coreografia), gerir as tarefas essenciais em casa, tempo de casal, tempo para amigos (e aqui estou um pouco em falha).

Este fim de semana recusei convites de amigos. Precisava estar quieta, no meu canto, a lamber as feridas que voltaram a doer. Demasiado barulho à minha volta, demasiados acontecimentos sociais aos quais não me apetecia ir. Escolhi por mim, não para tentar agradar ou ir ao encontro das expetativas dos outros. Serão de sábado foi passado na companhia dos gatos, com um chá de limão e uma mandala para pintar. Um episódio de podcast a passar ao fundo. 

IMG20230702002226.jpg

No domingo estava muito mais relaxada, tranquila. Saímos para almoçar fora, nas tasquinhas da vila. Fui ao ensaio da coreografia. Momentos de convívio que pude desfrutar porque me sentia bem e disponível para isso. Nada arrependida de ter trocado uma noite social ao sábado, num evento anual que chama cada vez mais público, por um momento de recolhimento e autocuidado. 

Logo há sessão de terapia. Estou tranquila para mexer nas feridas emocionais. 

 

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