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Estórias na Caixa de Pandora

Contém merdas que não (te) interessam...

Estórias na Caixa de Pandora

Contém merdas que não (te) interessam...

13
Jun25

Reflexões de suma inutilidade

Um comentário deixado ontem lembrou-me de uma pequena irritação(zinha) que tenho. 

E atenção, isto não é julgamento. Eu própria já cometi esta falácia. 

Malta que está constantemente a escrever sobre o "escrever". Em como é importante, em como faz bem, em como é um sonho, em como precisa de escrever tanto quanto precisa de respirar... mas a falta de tempo, os horários, o trabalho, os filhos, as tarefas de casa, a falta de criatividade, o cansaço, se o que tem para escrever tem conteúdo que desperte interesse alheio, e todo um rol motivos de força maior (ou menor) que dificultam o escrever, tão necessário quanto respirar.   

E nisto desenvolve-se todo um texto com parágrafos múltiplos à volta do processo de escrita que é tão desejado, dos obstáculos ao processo de escrita e por fim, todo um plano de reatar a escrita como quem faz a lista de objetivos para o ano novo (ir ao ginásio todos os dias é o escrever todos os dias para estas pessoas).

Chego ao fim do texto cansada, como se fosse aquele ratinho na roda que corre corre corre corre e não sai dali.

Regra geral concluo que ao fim de três dias de textos diários, seguem-se dois meses e meio até à próxima reflexão sobre... não preciso repetir, pois não? 

 

12
Jun25

O regresso

Posso falhar, claro, como já falhei antes nas intenções de regresso a esta casa.

O que difere das vezes anteriores é que, da vontade à determinação vai um pequeno grande passo, e sinto-me mais determinada neste regresso. Entre o querer e o escolher/decidir a diferença também é significativa. Querer, todos queremos muitas coisas. Escolher ou decidir impulsiona à ação, à concretização.

Há muito que eu quero voltar. Agora escolho e decido voltar. 

E tal como regressar a uma casa há algum tempo fechada, é hora de arejar e limpar. Estou a rever a lista de blogs que seguia. Para descobrir que uma boa parte deles não atualiza desde 2020, mais ou menos. Será uma consequência da pandemia? Ou a pandemia veio impulsionar ainda mais a atividade nas redes sociais, Instagram, Tik Tok e sei lá o que por aí há mais. A escrita caiu em desuso. Dá trabalho. Escrever e ler. O consumo de vídeos curtos em formato de stories ou reels acompanha o ritmo frenético que se vive. Conteúdos de rápido consumo, que não exija muito da massa encefálica.

Estou a retirar da minha lista uma série de blogs que antes me fizeram companhia. Alguns até fecharam. Outros estão sem qualquer atualização há anos. Mesmo os que foram da moda, continuaram na moda noutras redes mais digitais. Os blogs estão obsoletos, ultrapassados. Qual bibliotecas silenciosas a encherem-se de pó e teias de aranha.

Vou continuar a limpeza. Libertar a arrecadação do que já não faz sentido, ou já nem existe. Mais que um regresso, é um recomeço. 

11
Jun25

Eu ainda sou do tempo...

Dou por mim a usar muito esta expressão. 

Eu ainda sou do tempo em que não havia telemóveis. Ou internet. Redes Sociais?? Nem tal coisa se imaginava. E Inteligência Artificial? Isso era coisa de ficção científica, ao mesmo nível dos temas de alienígenas. 

Eu ainda sou do tempo em que a bola Nívea na praia era o ponto de encontro.

E ainda sou do tempo que não havia bolas de berlim na praia. Havia a batata frita pala pala, havia a bolacha americana, havia gelados da Olá. Ou da Camy. Eu sempre fui team Olá.

Eu ainda sou do tempo em que havia dois canais de TV. Depois passaram a quatro. E foi a loucura passar a ter quatro canais disponíveis.

Eu ainda sou do tempo em que entregava trabalhos escritos à mão na escola. E que modernice quando passaram a ser passados à máquina de escrever.

Eu ainda sou do tempo das cassetes. E dos walkmans.

Eu ainda sou do tempo em que não havia blogs nem journaling. Havia um diário, com um fecho manhoso que nada protegia os segredos que queríamos guardar. E, ingénuas, acreditávamos que sim. 

E às vezes sinto como se tivesse 70 anos. Ou mais. Na verdade, sou do século passado, é um facto. Nascida em 1981, tenho crescido e envelhecido a par desta (r)evolução tecnológica que ganha um ritmo cada vez mais acelerado e alucinante. 

Não vou dizer que no meu tempo é que era bom. O meu tempo também é este. Tenho é idade suficiente para ter conhecido o mundo de outra maneira e com outros recursos. E confesso que às vezes dá saudade dessa vida mais simples e do tempo que corria mais lento. Também foi o meu tempo de criança e adolescência. Naturalmente não havia o mesmo peso de responsabilidades da vida adulta. E aqui quase que arrisco dizer que no meu tempo de meninice é que era bom: brincar na rua, andar de bicicleta, brincar com os cães e gatos, chapinhar no rio com amigos. Comer pão com manteiga ou tulicreme. Desenhos animados na TV era ao domingo de manhã. E chegava. Havia tempo para brincar, ser livre, e criativo. Inventar brincadeiras para entreter o tempo era a nossa veia de "criação de conteúdos". E mais que conteúdos, eram experiências vividas sem público, sem likes e comentários, sem seguidores.

Eu ainda sou do tempo em que o mundo era tão diferente. Não melhor. Não pior. Apenas diferente.

 

10
Jun25

Karate Kid: Legends

Programa de feriado, ir ao cinema. Já não ia há algum tempo, e soube muito bem. Filme escolhido, Karate Kid. Como fã da saga, em adolescente tinha uma paixoneta pelo Daniel LaRusso. Depois passei para o Keanu Reeves e dura até hoje 

O filme não traz novidades. E ainda bem. É uma sequência dos filmes originais, e uma sequência, diria, muito natural até, sem malabarismos e acrobacias inverosímeis para que as histórias se liguem, como vemos em tantas sequelas que fazem.

É um filme sobre legado, tradição, família. Honra. É um filme de honra aos antepassados e ao conhecimento que passa de geração em geração. Os ensinamentos recebidos que são passados em frente, para que se mantenham vivos com o passar do tempo. O legado da ancestralidade que atravessa gerações. E é um filme de luta, que vai muito além das artes marciais. É muito mais sobre as lutas que valem a pena na vida. As lutas que se travam para não desistir e seguir em frente. 

Aos fãs de Karate Kid que, como eu, viram a saga quando adolescentes e ficaram rendidos, ide ver. Não desilude. 

09
Jun25

Nostalgia

Hoje surgiu, numa conversa de Whatsapp com uma amiga, o tempo em que escrevíamos assídua e regularmente nos blogs.

Aliás, foi pelo blog que nos conhecemos e a amizade perdura até hoje.

Bateu uma saudade desse tempo. E uma vontade de regressar a este espaço, apenas para escrever, porque sim, porque se gosta e faz sentir bem.

Os blogs estão obsoletos, bem sei. E provavelmente é o que me faz ter mais vontade de regressar. 

Ficou aqui uma sementinha a germinar.  Grata por isso 

 

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