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Estórias na Caixa de Pandora

Estórias na Caixa de Pandora

13
Fev23

34/365

Ontem, ao ir ao Hospital Veterinário para a dose diária de antibiótico por via intravenosa, não ouvia o Patinhas. Cheguei a pensar com os meus botões se teria efetivamente colocado o gato na transportadora. 

 

09
Fev23

33/365

Com o problema de saúde do Patinhas, agora há medicação diária a administrar. Por via oral. Este fim de semana houve mais um episódio que o levou a ir de urgência para o Hospital Veterinário, três dias de internamento. Teve alta e veio com dois antibióticos para tomar, de 12 em 12 horas. Via oral. Comprimidos. Pelo menos durante 10 dias.

Ao segundo dia já me apetece trepar paredes, arrancar cabelos e espetar um garfo nos olhos. 

Depois vejo tutoriais destes e penso que a minha sorte é morar num RC. Saltar janela fora não será um grande estrago. O mesmo é válido para o gato 

08
Fev23

32/365

Grupos de Facebook. Daqueles em que a ideia é pedir dicas, sugestões, recomendações. Por exemplo: um serviço de canalizador, ou recomendações sobre o melhor frango de churrasco da zona X. Ou por exemplo, como uma publicação que vi ontem, na localidade Y se alguém sabe se há aulas de yoga ou pilates. E depois vêm as respostas. Ahhh as respostas. Pegando no exemplo que acabei de dar, as respostas eram uma panóplia de sugestões. Pena que quase nenhuma seja no enquadramento geográfico solicitado. 

É quase como perguntar onde se pode comer uma boa francesinha na cidade do Porto, e uma alminha recomenda um determinado sítio em Braga. 

 

07
Fev23

31/365

Entre fases em que estava consistente e fases em que parei por completo, o yoga começou a fazer parte dos meus dias e do meu ritual de autocuidado. Noto quando passo dias sem praticar 5 minutos que seja. É mesmo verdade. O corpo dá sinais ao fim de uns dias em que não vou ao tapete. E é o suficiente fazer uns alongamentos sincronizados com a respiração (exemplo é a sequência conhecida por saudação ao sol, da qual pode haver difentes versões). O suficiente para sentir logo outra leveza nos ombros, na postura geral do corpo. O suficiente para acalmar. A respiração consciente é um eficaz recurso para nos trazer ao presente e acalmar as emoções e os pensamentos em loop.  

Estou numa fase de ser consistente. Encontrei no Instagram um desafio de 10 minutos de yoga em 28 dias e aderi. Tão bom! Ainda não estou a fazer todos os dias, e ontem por exemplo, para colocar as práticas em dia, segui os últimos 4 vídeos, dos últimos 4 dias. Foram pouco mais de 40 minutos em movimentos fluídos, seguindo o ritmo da respiração. No fim, no momento do relaxamento, a magnífica sensação de me terem saído algumas toneladas de cima. 

07
Fev23

30/365

O que me custa agora, assim muito muito muito, é, pela manhã, sair debaixo do edredão quentinho e enfrentar o frio siberiano que se tem feito sentir. 

Volta verão, tenho tantas saudades tuas! 

03
Fev23

29/365

FB_IMG_1668612348535.jpg

Há momentos que tenho empatia por ti. Como mulher. Lembro-te da tua dor. Da tua desilusão. Da queda dos teus sonhos. Do estilhaçar da frágil felicidade que viveste naqueles meses. Tive momentos que até cheguei a sentir culpa por ter destruído o teu sonho idílico. Ficaste à espera, na ilusão de seres a mulher especial, melhor que todas, melhor que eu. Ficaste à espera que ele me descartasse para, enfim, ser livre para ti, todo teu, só para ti.  Lamento que na minha dor aguda, quando descobri a vossa história, tenha provocado a tua queda do pedestal de deusa.

E tu? Lamentas a dor que me trouxeste? Como mulher? Como mulher sabes o que dói, como nos destrói uma traição? Uma traição para a qual contribuíste em plena consciência, num egoísmo desmedido, numa arrogância ímpar. Espreito as tuas lições espirituais de vida e cura e caminho para a felicidade e só me atravessa a lança do teu egoísmo. Para seres feliz destruíste outra mulher. Uma mulher como tu. Com as suas vulnerabilidades, feridas, imperfeições.

Não quero julgar-te. A sério que não. Vi a tua dor. Também sofreste. Todo o teu conto de príncipe encantado ruiu qual castelo de areia fina e translúcida. Também atravessaste um caminho de sofrimento, também tiveste de te curar e reerguer. Quiçá algures com sentimento de culpa. Quiçá não. Culpa de procurares ser feliz? Pois… e quais os limites para “procurarmos” ser felizes? É aqui que vejo egoísmo e arrogância, e sim, não querendo, estou a julgar-te. Tu sabias. Sempre soubeste. De mim. Não me conhecias, é certo. Sabias de mim. E se hesitaste, acabaste a ceder. Para seres feliz. Quebraste-me. Destruíste-me. Era nos escombros da alma de outra mulher que erguias o teu castelo de felicidade.

Um dia vou olhar para trás só com gratidão. Talvez, um dia lembrar-me-ei de ti apenas com gratidão. Ainda não consigo sentir só gratidão. Ainda sinto dor quando me vem à memória fragmentos desse passado onde estiveste presente. Ainda me corta o ar essa memória que acorda, sem aviso, e me lembra esse tempo, que era teu, onde eras tudo. Ainda sofro. Ainda sinto raiva. Ainda me dói(s), nesse instante fragmentado de tempo. 

 

01
Fev23

28/365

Há uma mágoa cristalizada no meu peito. Um ferida que ainda se abre e dói demais. Esfarrapa-me por dentro, atira-me para o lodo da desvalorização: eu não sou suficiente, eu não mereço esse esforço ou dedicação, eu não sou importante. 

Puta que pariu, como o egoísmo de uns destrói o amor próprio de outros.

Vem, raiva. É à raiva que me agarro para sair do lodo. É a raiva que me faz gritar e agir. A raiva leva à ação. Porque me dá força para me levantar, e sair do buraco onde me coloquei. Outra vez.

Ter noção que o caminho é feito de avanços e recuos, de progressos e retrocessos não faz doer menos num momento de retrocesso. Sinto cansaço. Sinto frustração. Sinto-me perdida, porque voltei atrás e agora temo não encontrar novamente o caminho para seguir em frente. Há aquele momento que tudo quebra dentro de mim. Sinto cada estilhaço a cravar-se na minha pele. Sangro, choro, isolo-me. Estou ferida e frágil e não quero ser vista. Tenho medo. E não sei estender a mão para pedir ajuda. 

 

30
Jan23

26/365

Se estás triste, ouve salsa.

Em vez de lágrimas dás por ti a marcar o ritmo com o pé e com uma enorme vontade de saltar da cadeira e dançar. Dançar. Apenas isso. Dançar ao som quente de uma salsa cubana. E o isto faz tão bem à autoestima, que a tristeza começa a recuar, a sair de fininho. 

30
Jan23

25/365

Hoje atingiu-me a dor que trago na memória. Ou será a memória dessa dor? Ou serão as memórias que reavivam a dor? 

Será que ainda dói, ou é apenas a dolorosa memória da profunda dor que senti?

E estes picos de raiva que vêm e me consomem? A intensidade é menor, sim. A duração também. Mas ainda vem. Esta raiva pelo egoísmo de outrem, por me terem ferido de morte sem medirem consequências. 

A raiva passa logo. Vem como uma onda que me faz fincar os pés para para não me derrubar.

Já a dor, ou a memória da dor, essa fica mais um pouco, num embalo a marulhar, conforme vem e arrepia todo o corpo até à alma, vai deixando-me os pés mais assentes na areia. 

Hoje é um dia em que a dor veio. E acolho-a para que cumpra o seu propósito. A seguir há-de ir. E quando for, as minhas raízes estarão mais firmes, um pouco mais profundas. 

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