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Estórias na Caixa de Pandora

Estórias na Caixa de Pandora

13
Abr16

Falta-me o ferro

Associei este cansaço extremo ao muito trabalho, à rotina preenchida, aos dias em contra relógio. 

Hoje queixei-me deste cansaço extremo, desta falta de energia, de vontade, de apetite, de conseguir estar atenta ao que quer que seja, à nutricionista. Ligou-me lá ao aparelhómetro que mede vitaminas e nutrientes, e pumba, défice de ferro.

Ora, não é novidade. Tenho défice de absorção de vitamina C e, por consequência, de ferro. E, como já tenho partilhado por aqui, os meus cuidados alimentares devem-se essencialmente por motivos de saúde e bem estar, já que o meu calcanhar de Aquiles é todo o sistema digestivo. Começa com um refluxo gastro esofágico, vesícula e fígado sensíveis, e termina nuns intestinos que funcionam mal. Com experiências em planos alimentares, exames e testes a intolerâncias alimentares fui percebendo como a alimentação pode ajudar a sentir-me melhor e influenciar o meu bem estar e potenciar o funcionamento regular do meu aparelho digestivo. 

Ainda assim, uma pessoa tem cuidados redobrados, diminui glúten e lactose para não irritar intestino, come peixes e carnes brancas, que são melhor tolerados pelo intestino, diminui citrinos e ovos para não desencadear crises de vesícula ou fígado, consome com moderação certos e determinados alimentos, para não desencadear crises de intestino, varia nos legumes e frutas para não saturar o organismo de certos nutrientes, ainda assim, tem uma colite e redobra os cuidados. Agora toma lá, pessoa tem de comer aquilo que por norma lhe vai provocar sintomas pouco agradáveis nos intestinos, mas tem de ser para recuperar níveis decentes de ferro e vitamina C. 

Como dizia a minha avó, não é do cu é das calças. 

E com o estado de espírito com que estou, apetece-me rosnar a esses fundamentalistas da alimentação que crucificam glúten e lactose e o diabo a nove, quando certamente não têm qualquer problema do foro digestivo ou sofrem de alguma intolerância alimentar. Eu diria que a intolerância é na massa encefálica, mas pronto. 

Portanto, nos próximos tempos a missão é ingerir ferro. Estou seriamente a pensar tomar medidas drásticas. Em vez de ir ao supermercado, vou a uma loja de ferragens, em vez de ir ao talho ou ao mercado, vou ali a um ferro velho escolher umas boas peças de ferro, regadinhas a sumo de limão, marcham que é um mimo.

Lá estou eu a tentar brincar, mas a verdade é que ainda tenho presente esta experiência, e não foi fácil. E depois de repetir o teste às intolerâncias tive uma longa e detalhada lista, com níveis em percentagem, dos alimentos que tenho maior ou menor capacidade de tolerância. Baseada nesse teste, alterei algumas coisas na alimentação, sem fundamentalismos, porque também não é necessário. Mas aborrece tanto cuidado e volta e meia ando com crises, ou, como agora, ando bem de uma coisa, pioro da outra.

E já agora que o tema de conversa é sobre vitaminas, S. Pedro, ouve-me: estamos todos fartos de H2O. Vê se mandas vitamina D que também é necessária para o sistema imunitário. Agradecida! 

 

25
Fev16

Masoquismo, parte 2

Sabem aquele guilty pleasure que dá numa pessoa, mesmo sabendo que a coisa pode correr mal?

Pois. É raro, coisa para uma ou duas vezes no ano, dar-me aquela vontade de ir comer ao McDonald's, com aquele intuito de "sim, apetece mesmo dar uma facada bem dada na alimentação cuidada, comer porcarias e com prazer". O problema é que eu até sei que vou passar o resto do dia indisposta, com aquela sensação de enfartamento, e horas depois é uma corrida, constante, à casa de banho. Eu, que sofro de obstipação crónica, comer no McDonald's é como quem põe aquele líquido para desentupir canos: uma limpeza!

Agora vou-me, que a conversa está pouco agradável, e a natureza empurra-me para a casa de banho. Again! 

 

25
Fev16

Tea Lover

IMG_20160224_233347.jpg

Se há uns anos me tivessem dito que ia deixar de beber leite (ou ia reduzir drasticamente o seu consumo a uma vez por semana, e quando o é) e iria passar a beber chá, de manhã, à noite, até durante refeições já experimentei, eu teria dito que estavam enganados.

Mas a verdade é que não. Reduzi drasticamente o consumo de leite e aderi aos chás. Continuo a preferir os frutados aos de ervas, e apesar de se pagar um pouco mais, prefiro os biológicos ou orgânicos pelo sabor maravilhoso que têm. Esta foi a minha última reposição de stock. Uns vão ser novidade, outros já são meus conhecidos, e adorados.

Pandora's tea time! 

25
Fev16

Let's go party!

Ontem a fita métrica da nutricionista confirmou o que a professora de ginástica tinha comentado

Hoje, em jeito de festejos, fui almoçar com uma colega de trabalho ao McDonald's. O L.A. Bacon Chicken é muito bom. 

Há que festejar os bons resultados obtidos. Era evitado estragá-los, mas who cares, logo há outra vez aula para me pôr a arfar, de língua de fora, toda torcida, capaz de apenas mexer os olhos, e vamos com sorte.

 

 

13
Jan16

Pandora Fit (ou a tentar)

Para quem aqui vem já sabe que aqui a menina é pouco dada a corridas, a crossfits, ginásios só à distância, e afins. Ainda assim, e para ganhar alguma qualidade de vida, flexibilidade, enfim, mexer o corpinho e arejar a cabeça, há três anos que pratico danças latinas, e no ano passado inscrevi-me em aulas de cardio fitness, que uma professora vai dar ao salão da Casa do Povo da terrinha, que fica a poucos metros de casa. Duas vezes por semana, 12€ por mês, as aulas são diversificadas, a professora espetacular, e mesmo ao lado de casa, portanto sem desculpas para faltar.

Depois há a parte da alimentação, que, mais por motivos de saúde e bem estar, tenho muitos cuidados alimentares, privilegiando uma alimentação rica em peixes, carnes brancas, vegetais, fruta. Ainda assim, e com toda a avalanche que agora levamos de alimentação saudável, super alimentos, blá blá blá, lá me vou aventurando a experimentar, sem fundamentalismos, alguns alimentos novos e diferentes. Búlgur e couscous já entraram na despensa, o queijo quark não me conquistou, continuo a preferir o iogurte grego natural ligeiro do Lidl, granola ou muesli fazem parte do meu armário de snacks, e são, muitas vezes, os meus lanches a meio da manhã, juntamente com iogurte grego. Não era apreciadora de canela, mas passei a usá-la como adoçante do iogurte, quando o como com fruta, como banana, maçã ou pêra. A minha baixa tolerância à lactose fez-me reduzir drasticamente o consumo de leite, e como não apreciei nenhuma das alternativas vegetais, ou melhor, os sabores que até me agradaram, são os que têm preços proibitivos, redescobri o chá como melhor amigo para os pequenos almoços. A baixa tolerância ao glúten fez-me procurar alternativas de pão, e descobri que gosto muito de pão de soja, pão de alfarroba e pão de espelta. De vez em quando lá como o pão mais convencional, lá bebo uma caneca de leite, mas tem de ser um consumo muito regrado e restrito, sob pena de sofrer os sintomas quando o corpo rejeita glúten ou lactose. Não sou intolerante aos dois, mas tenho baixa tolerância, daí que possa consumir com muita moderação.

Ao tradicional pequeno almoço de leite e pão com manteiga, vieram outras ideias e experiências. No tempo mais quente adoro os pequenos almoços à base de iogurte, fruta, gelatina, no tempo frio só me lembro do leite quente e do pão com manteiga. Não podendo ser, alternativas: chá, os pães sem glúten, que referi em cima, com queijo fresco, fiambre de aves, ovos mexidos, ou creme vegetal; banana com canela, granola e queijo fresco.

Portanto é nos pequenos almoços que sinto mais necessidade de diversificar e encontrar outras alternativas que sejam fáceis e rápidas de preparar. É que se não acordo às 6h para ir correr, também não me levanto às 6h para preparar muffins integrais, panquecas de aveia, crepes de banana, pãezinhos não sei das quantas. Sério, eu quando me levanto estou em modo zombie, ligo o piloto automático, e trato dos gatos. Depois faço a minha lancheira, e finalmente o meu pequeno almoço. 

Há uns tempos experimentei as famosas papas de aveia. Não fiquei fã. Mas dei o benefício de não as ter feito bem. Voltei a tentar. Continuei a não achar grande piada. Uma vez o Gandhe fez papas de aveia na Yämmi, fez em quantidade, guardou no frigorífico, e quando fui comer, aqueci no microondas. Não gostei. Hoje foi o dia em que, finalmente, foi de vez. Preparei umas papas de aveia com banana e canela que me deixaram entusiasmada. Talvez tenha encontrado o método para as fazer bem, como gosto, e possa começar a experimentar variações.

Ora o que fiz: numa tigela coloquei 4 colheres de sopa de aveia, flocos finos. Cortei uma banana às rodelas. Polvilhei com canela. Cobri com água. Microondas, potência máxima, 4 minutos. Cremosas e húmidas como eu gosto. Um cheirinho maravilhoso. A seguir experimento com maçã. E hei-de experimentar juntar cacau. E depois polvilhar com granola. Ou sementes. Ou iogurte grego. Ah, o céu da aveia é o limite.

Agora, aqui entre nós, isto foi para compensar os rojões com grelos que comi ontem ao jantar. Shiu 

Em minha defesa, ontem foi um final de dia cheio de imprevistos que me impediram de ir à aula de ginástica, e na impossibilidade, temporária, de cozinhar em casa, tive de recorrer ao take away de um simpático restaurante familiar da zona, com comida caseira e boa, excelente atendimento e ótimos preços. Ai os rojões que eles fazem são de chorar por mais. 

 

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