Estreei-me na praia este ano
É. Pois foi. Tinha metido na cabeça que domingo ia para a praia. Acordei e o tempo cinzentão, encoberto, ares de nevoeiro.
Ah, mas avózinha dizia sempre, e nunca falhava: manhã nevoeiro, tarde soalheiro.
Arranquei o homem da cama, preparamos a marmita com sandes de pão integral com sementes, fiambre de peru, queijo magro e pepino, iogurtes e fruta, água. Saco das toalhas, protector solar. Livro. Rumo à praia. E a esperança de ver uma nesga no céu por onde um raio de sol pudesse espreitar.
Besunto-me de protector solar. 30. Homem não quis. Como sempre.
Não estava frio, mas aquele dia cinzentão, encoberto, desencoraja qualquer um a estar na praia. Mas eu estive. Qual mula teimosa.
O tal raio de sol? Pois, não vi. O que veio foi frio. Pele de galinha é coisa que, por muito teimosa que seja, não suporto por muito tempo. Cabisbaixa, arruma tralhas e volta para casa. Que merda de dia de praia. O homem parece um camarão, ou bife mal passado nas costas. Eu avisei.
E nem a bola de berlim me soube bem.
Diz que vem calor e água mais quente para Setembro. Eu tenho férias em Setembro. Vou esperar. Assim como assim, há-de haver o verão de S. Martinho e o S. Pedro que se dane (com F).