Fui lá e não me demorei
Fui à página de Instagram criada em tempos para o blog. Ainda se diz página? É perfil?
Fui lá tirar o pó. Atualizei a descrição biográfica. Ainda fazia referência a ter quatro gatos. O gang dos quatros, dos quais sobrevive um e entretanto outro foi adotado. Apolo, conquistou-me com a sua doçura e travessuras.
Atualizei a foto, e escolhi a mesma que tenho aqui no perfil do blog. A foto é de 2023, especificamente da sessão fotográfica do dia em que casei. Amo a foto! Tirada sem eu saber, captou um momento íntimo e de conexão, em que oferecia algumas das tulipas brancas do meu ramo ao mar.
Olho para aquele perfil de Instagram e é assim tão aleatório nas partilhas que fui fazendo, dos momentos que ali registei. Eu sou estupidamente reservada, e no dia em que publiquei uma foto do meu rosto (está desatualizada, cabelo creceu e mudei a cor) deixei de publicar de todo.
Não sei, genuinamente, se quero recuperar a página ou deixa-lá assim, no esquecimento. Fui lá, atualizei umas coisas, como quem abre a porta e deixa o ar entrar. E só.
Não sei se me quero meter nessas andanças de perfil de Instagram associado ao blog. Se mantenho o que já existe ou se, na loucura, crio um novo. Um recomeço. Um falacioso recomeço do zero. Pelo menos em perfil de Instagram.
Porque na vida os recomeços são na verdade novos ciclos, para os quais levamos a sabedoria e experiência do passado, com disponibilidade para viver e aprender o novo.

