O dilema de Pandora
No post anterior perguntei Yey or Ney mostrando um modelito de uma mala da Cavalinho.
A quem respondeu, obrigada pelo feedback, a sério, estamos todas em consonância, para mim também é NEY, pela marca, sem dúvida, que não me acende paixões nem nunca me pôs a arder em desejos por qualquer artigo.
Mas, aqui me confesso, vivo um pequeno dilema. O modelo que vos mostrei em particular foi-me gentilmente oferecido no Natal de 2014 pelo Gandhe. O menino esforçou-se, sabe que gosto de malas, embora já não compre tantas como antigamente, mas gosto. É raro passar à porta de uma Parfois e não ir espreitar. O rapaz esforçou-se. Escolheu um modelo que costumo usar, nas cores que mais gosto. O moço acreditou que me oferecer uma mala da Cavalinho, com direito a papiro com o certificado de qualidade, me ia deixar sem palavras. E deixou. Infelizmente não pelo deslumbramento, mas pela surpresa de tal escolha, ainda mais quando, por muitas malas que veja, ele nunca me viu a olhar para as da Cavalinho.
Eis que há mais de um ano que a dita está guardada na prateleira do roupeiro destinada às malas, há mais de um ano que aguarda pelo dia que me encho de coragem e saio com ela à rua.
É certo que há mais de um ano não compro nenhuma mala, mas esta semana comprei e quando o fiz, pensei logo no raio da Cavalinho, que jaz no canto da prateleira do roupeiro. Há um misto de emoções. Por um lado, lá por ser Cavalinho, marca que nada me diz e não aprecio de todo, o modelo até nem é mau, nem é assim muito dondoca, até é um modelo jovial, com cores atuais e que gosto. Foi-me oferecida pelo Gandhe, e não deixa de ser tramado ter encostada a um canto a prenda que ele me deu. Mas também é verdade que ando aqui toda contente com uma mala da Stradivarius que nem 20€ custou e quando pego na Cavalinho, não me imagino a sair à rua e sentir-me "confortável" e na minha pele com tal acessório à pendura.
É caso para dizer que quem nasce para lagartixa nunca chega a jacaré.
Não sei que faça, essa é que é essa.