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Estórias na Caixa de Pandora

Estórias na Caixa de Pandora

08
Jan19

O privilégio de conhecer pessoas verdadeiramente inspiradoras

Agradeço, muitas vezes, o privilégio de me ter cruzado na vida com pessoas verdadeiramente inspiradoras. Deve ser uma forma de a vida ou o universo me compensar pela "família" em que calhei nascer e crescer. 

Nos sítios mais improváveis conheci pessoas verdadeiramente inspiradoras. Pela sua sensibilidade, pela sua alma gentil, pela bondade do seu coração, por qualquer dom que transmitiram e despertaram em mim uma empatia especial. Pelos valores que me passaram. Pela coragem que demonstraram. Pela sua vivência e luta. Pelo exemplo bom que deram e me inspiraram a ser melhor. Pelo carinho que partilharam. 

No curso (online) de escrita criativa que fiz entre abril e outubro de 2013, altura em que estava desempregada e dediquei o muito tempo livre que tinha a investir em mim e nas minhas paixões, conheci (uma forma de dizer, porque acabei por não poder ir ao almoço convívio que organizaram em Lisboa e, portanto, fisicamente não os conheci, não os abracei) pessoas diferentes, com diferentes estilos, de diferentes áreas, com diferentes objetivos, mas que partilhavam um objetivo: explorar a capacidade de escrever. 

Como é natural, criei mais afinidade com uns do que com outros. Tal como uma turma de 18 ou 20 alunos. Entre tantas personalidades diferentes, as afinidades surgem mais com uns do que com outros. Entre os 18 elementos da "turma", senti-me mais próxima de três pessoas, em especial.

Uma delas é uma verdadeira fonte de coragem e inspiração de vida, de luta, de resiliência. Criou um blog, e para quem quiser visitar, aqui fica o link: Viver a Flutuar. Deixo aqui um grande beijinho para ela, sei que me lê, assim como a leio. Ainda que nem sempre a troca de palavras seja assídua, sabemos que estamos uma de cada lado, unidas por uma qualquer força que nos atrai. Quando quiseres, sabes onde me encontrar!

A outra, era uma mulher tão doce e delicada, com um sentido maternal enorme que me emocionou particularmente. De uma extrema simpatia e gentileza, aquilo a que comummente se chama "coração de ouro". Fomos mantendo contacto pelas redes sociais, mas entretanto perdi-lhe o rasto. Ana Diniz, se me lês, dá notícias, porque ainda me lembro bem de ti e tenho saudades das nossas conversas.

E por fim, um verdadeiro senhor. Das pessoas do grupo foi, para mim, o que mais evolui na escrita. Foi arrebatador ver como evoluía e crescia no seu talento até então adormecido. Como se foi tornando maior a cada desafio semanal de escrita que tínhamos. O último e derradeiro desafio de escrita do curso venceu-o com maioria absoluta de votos, e foi bem merecido! Foi magnífico. 

Depois deste curso, foi este senhor que vi continuar a investir na escrita. Mais formações. Participações em desafios de escrita. Microcontos, e sei lá que mais. Era com orgulho que ia lendo o que ele ia escrevendo e partilhando, que rejubilava quando ele vencia um qualquer desafio de escrita. Pensava com os meus botões que se alguém devia mesmo escrever um livro e merecia publicá-lo era ele. E caramba, que privilégio tê-lo visto "nascer" como escritor.

É com um imensurável orgulho que anuncio que acabei de comprar o livro dele. Não sei quantos exemplares editou. Sei que divulgou no nosso grupo de escrita, já pouco ativo, um tanto ou quanto abandonado. Sei que está a reunir esforços para os distribuir a quem esteja interessado. E, infelizmente, sei que está numa luta cruel com uma doença grave, e passo a citar as palavras do próprio: "daquelas doenças em que agradeço todos os dias acordar bem".

E é fodido! Sim, é fodido. Porque estas merdas acontecem a boas pessoas, a pessoas especiais, a pessoas que têm tanto de bom para dar aos outros e ao mundo. E se fiquei imensamente orgulhosa por ver que ele publicou o seu livro, foi um murro no estômago saber a situação delicada e frágil em que se encontra.

Por isso agradeço. Agradeço muito ter-te conhecido, ter visto nascer esse escritor adormecido dentro de ti. Ter-te visto evoluir e ser maior. Agradeço que os nossos caminhos se tenham cruzado. E é com ansiedade que espero que me chegue às mãos o teu livro. Que guardarei como tesouro. Porque és tu em palavras, as tuas palavras. E nunca serás esquecido, porque as palavras que deixas escritas e partilhadas são eternas.

De coração, espero que continues esta luta contra a doença com toda a coragem e resiliência. Espero que tenhas muitos dias em que agradeças acordar bem. E nos quais possas escrever. Porque a tua escrita é extraordinária! 

 

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