Pandora e o gelo
Ontem, enquanto bebia o meu chá quente, fazia gelo no pescoço, ombro, cotovelo e mão. A primeira sessão de tratamento à tendinite foi dolorosa. Muito dolorosa. O dia seguinte doeu para catano. Gelo, muito gelo, disse a terapeuta. E eu lembrava-me do filme Wanted, onde Angelina Jolie sai de uma banheira de gelo assim, com um invejável trase... tatuagens, com umas invejáveis tatuagens. Se o gelo desse aquela saúdinha toda, eu esforçava-me mais, esquecia o chá quente e enfiava-me numa banheira de gelo. Assim como assim, já só peço uma tininha cheia de gelo para lá enfiar o braço e anestesiar a dor.
Mas há que dizer que há vantagens em estar limitada do braço. Homem passa a ferro, homem lava a louça, homem passa a esfregona no chão, e sou dispensada da aula de ginástica. Não é tudo mau, não senhor.