São os passos que fazem o caminho*
Por estes dias podia ter vindo aqui, a esta caixa de texto em branco, despejar palavras. Teria muito a despejar. A questão é que a sessão de mentoria da semana passada deixou-me naquele estado de quem levou terapia de choque e precisou de silêncio e recolhimento para processar.
Ir cada vez mais a fundo nos traumas recalcados há anos é uma viagem solitária, ainda que esteja a ser devidamente orientada. E sim, é denso, é pesado. Enfrento os bloqueios que toda a vida me serviram de defesa, proteção, sobrevivência.
Não me curvo perante a dor. Sei que o caminho é enfrentar e seguir em frente. E tem o seu preço. E demora o seu tempo. Exige resiliência, consistência e coragem.
* Mário Quintana