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Estórias na Caixa de Pandora

Estórias na Caixa de Pandora

15
Fev16

Então Pandora, o fim de semana?

Pois que na sexta a noite me dediquei à arte de coloração de cabelo em casa, usando pela primeira vez produtos profissionais. Optei por esta marca, sem amoníaco, o que é requisito obrigatório para mim, e confesso que nas cabeleireiras nem sempre sei quando respeitam a minha vontade. É que as colorações com amoníaco irritam muito o meu couro cabeludo, e já aconteceu eu estar com a tinta aplicada a fazer o tempo de espera, e ter de ir coçando com um pente que me arranjam, tal é a comichão que sinto. E nos primeiros dias pós coloração idem. Não me acontece com as colorações sem amoníaco, e quando as faço em casa, tenho sempre esse cuidado. Nas cabeleireiras, bem que o peço. 

Adiante, simples de preparar, a coloração é muito cremosa e espessa, aplica-se muito bem no cabelo, não escorre, não mancha a pele. Gostei do resultado final no cabelo, além de que me deixou o cabelo brilhante e macio. Aprovada.

Sábado foi dia de ir buscar o Smart. Chovia torrencialmente, estava um vento insuportável, e foi assim que me iniciei na condução com caixa semi-automática. Ao início estranha-se, pode ser que se entranhe. O carro é um espetáculo de conduzir e estacionar, e até o consegui tirar da garagem. Yeah!

Domingo começou com um arrufo de casal, entretanto homem redimiu-se e pela segunda, vez em quase 12 anos, presenteou-me com flores.

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Não é que eu seja fã de ramos de flores, por isso a escassez desta oferta por parte dele, mas é bom de receber, claro que sim, ainda mais quando não é frequente, o que torna o gesto mais especial. Tive foi de as esconder, que os gatos já lhes queriam pôr os dentinhos.

Fomos almoçar ao japonês, eu andava com saudades de sushi. Fomos a um restaurante típico japonês, com verdadeiros japoneses. Portanto, a opção também foi por saber que não íamos enfrentar um restaurante decorado com corações e rosinhas e velinhas. Portanto, foi um ótimo almoço de domingo. O tempo não permitiu grandes passeios, mas ainda fomos tomar café a um dos sítios que frequentávamos nos primórdios do namoro. O resto da tarde foi no lar, doce lar, debaixo da manta do sofá, com os gatos, a ver os últimos episódios de Scorpion, Castle e Mentes Criminosas.

Ao fim da tarde fiz um lanche reforçado, despachei a sopa da semana e ainda tratei do almoço para hoje. Enquanto ele lavou a loiça e arrumou a cozinha, eu passei a pouca roupa que tinha enxugado.

Fim de semana repleto de novidades e emoções, com um pouco de celebração do dia dos namorados, mas à mesma com as nossas rotinas, com as nossas coisas, com a normalidade da nossa vida, que nos sabe bem tal como é.

 

28
Jan16

Pandora e o dia dos namorados

Eu sei, venho aqui dizer que não ligo patavina ao dia e cai-me tudo em cima. Mas Pandora explica.

Na adolescência, quando comecei a ter noção disto do dia dos namorados, ou coincidiu ser a altura em que o fenómeno se começou a espalhar por cá, eu era uma adolescente solteirona. Portanto, no alto da minha solteirice, olhava de lado o histerismo criado à volta do dia, vomitava numa dor de cotovelo mal disfarçada de azia, no alto da minha arrogante solidão de solteira, o desprezo pelos ursinhos remelosos com o coração "I  U", a rosinha vermelha e os postais com as promessas de amor eterno.

Depois veio a moda das alianças. Dia dos namorados era dia para trocarem alianças. Podiam até namorar há duas semanas, mas trocavam alianças, num compromisso de amor eterno. E se já desprezava os ursinhos, então as alianças eu atirava para o plano do absurdo. Houve um ano, no meu 12º, que estive a aturar o dia todo uma amiga que queria porque queria um urso gigante que tinha visto na montra de uma loja, e o idiota do namorado ofereceu-lhe uma aliança. A sério. A solteira tinha de ser a psicóloga destes histerismos. Mas à conta deles, lidava muito bem com a minha solteirice, aliás, se aparecesse em casa com um peluche de coração em riste sei lá o que me acontecia.

O dia dos namorados era aquele dia em que eu era mera espetadora de todo um show que nada me dizia, e me levava a crer que, se um dia eu vivesse um dia dos namorados com namorado, não queria nada daquilo.

O namorado veio, já na casa dos 20 e... Meses depois o meu primeiro dia de namorados não solteira. O que fazer? Sabia lá. Não queria peluches, nem rosas vermelhas, nada de alianças. Jantar fora. Descobri logo que era mais uma parvoíce. Restaurantes apinhados de romantismo vazio, decorações burlescas, ementas com o triplo do preço. Tirem-me deste filme.

Fomos vivendo à nossa maneira o dia dos namorados, sem peluches, rosas vermelhas, e os jantares fora eram atirados para dias normais, corriqueiros, sem decorações burlescas e romantismos vazios.

Ao sexto ano de namoro, ele achou que era altura de pormos aliança. Levou-me, sem eu a saber, a escolher. Nesse dia eu tinha roído as unhas, o verniz estava todo lascado, as unhas uma miséria. E fui a uma ourivesaria naquele preparo de unhas escolher a aliança. Lindo.

As alianças ficaram prontas a tempo do dia dos namorados, não que o tivéssemos pedido. Mas precisamente nesse dia 14 de fevereiro a sogra teve um acidente de carro grave. O romantismo da troca de alianças ao fim de 6 anos de namoro foi dar-me a caixa para a mão, apressado, enquanto corria para o Hospital. Eu e a minha sina. A sogra resolveu ultrapassar uma mota numa curva e bateu de frente com um GNR (eu sei, ela tem cá uma pontaria) na manhã do 14 de fevereiro que era suposto termos um dia romântico, com a troca de alianças. Que pariu o S. Valentim e o dia dos namorados. E a pontaria da sogra também.

As poucas tentativas de comemorações do dia saíram mais furadas que uma peneira. Que se lixe o dia dos namorados. Os corações, os ursos, as flores, os postais, as alianças trocadas nesse dia como juras de amor eterno. Agora vomito o dia dos namorados, não numa dor de cotovelo mal disfarçada de azia, no alto da minha arrogante solidão de solteira, mas na maturidade de uma relação de anos que, sim, precisa de ser alimentada com momentos doces e românticos, mas não precisa de um dia marcado no calendário para se obrigar a romantismos vazios rodeados de decorações burlescas a comer camarão ao dobro do preço, o dia de usar uma lingerie especial para A queca do ano.

Cada um vive as datas como as quer. O dia dos namorados, a mim, realmente não me diz rigorosamente nada de especial, nem tenho lembranças doces dignas de serem recordadas.

 

 

16
Fev15

Às vezes o amor... com Rita Guerra

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Dia dos Namorados. Não ligo. Já liguei. Já houve o tempo das pendas e dos jantares (supostamente) a dois. Foi preciso experimentar para perceber que não condiz connosco. Não aprecio cenários cheios de corações e balões e rosas, cupidos e ursinhos, tudo fofinho e excessivo. Os jantares sempre demasiado caros porque são pseudo especiais e o jantar romântico vira pesadelo com os restaurantes apinhados de casais apaixonados. Não sei, soa-me a algo tão artificial que lá se vai o romantismo e o significado especial do dia. 

Adiante. Quando o homem teve a ideia de começar por sugerir "jantar" eu cortei logo e disse: podemos jantar pizza em casa e ir ao concerto da Rita Guerra (somos fãs). Ele nem sabia do concerto, mas a sugestão quase imposta foi logo aceite.

Adoro ouvir a Rita Guerra. A voz poderosa, a sua presença em palco, a sua empatia e simpatia, a envolvência que cria com o público, as músicas que canta, a sua performance ao piano... é tudo tão envolvente, tão mágico, tão cativante, tão magnânimo. 

E assim se celebrou o dia dos namorados por estes lados. Memorável, sem dúvida!

 

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