Só esta semana é que senti o verdadeiro regresso à rotina, depois de uma pequena pausa e das festividades.
Ainda que tenha regressado ao trabalho no dia 02, a verdade é que a semana de trabalho foi mini, chegar num dia e no dia seguinte já ia de fim de semana. Assim nem custou tanto.
Esta semana, não só por ser já a semana inteira, mas também porque foi a semana de regresso às aulas de dança e dance fitness, é que senti o verdadeiro regresso à rotina, aos horários, ao ram ram do dia a dia.
Ainda assim, há mudanças que já provaram ser positivas e portanto, serão para manter. Estou a entrar mais cedo no trabalho. Como tenho horário flexível, a hora de entrada é entre as 08h e as 10h, a de saída entre as 17h e as 18h. Ora, a lógica é se entrar mais cedo, mais cedo posso sair. Em tempos andava a entrar mais cedo, mas ainda era uma fase que eu permitia que me fizessem ficar no trabalho até tarde e más horas, pelo que andar a entrar às 08h e pouco para sair às 20h deixou de ser praticável.
Primeiro mudei essa de sair tarde. Não digo que não aconteça, mas é ocasionalmente e só se o trabalho assim o justificar. Por exemplo, na véspera de ir de férias saí perto das 20h. Tinha uma série de processos em mãos que queria deixar fechados em sistema, devidamente arquivados, para que os colegas do atendimento pudessem consultar caso fosse necessário. Justificado e foi uma opção minha. Não foi porque o Sr. Eng.º tal achou que boa hora para trabalhar é depois das 18h, como tantas vezes me chamou a essa hora e eu, burra, ia.
Demorou eu entender que os limites sou eu que os coloco. Portanto, e sem qualquer tipo de falta de respeito, comecei a mostrar que se entro a uma determinada hora, não tenho de estar, só porque sim, só porque se lembram de mim ao fim do dia para trabalhar e analisar processos. Eu abri os precedentes. Estava nas minhas mãos alterá-los.
Agora chegou a vez de conseguir acordar mais cedo, chegar mais cedo ao trabalho, e mesmo que na maioria das vezes, em vez de sair até às 17h30, saia às 18h, se não passar disso eu já me dou por muito satisfeita, porque não tenho de andar com o credo na boca e os bofes de fora numa correria para ir onde tenho de ir, sem falhar ou chegar atrasada aos compromissos que assumi. E isto traz-me mais calma, muito menos stress, menos ansiedade e por aí fora, que isto está tudo interligado.
Mas para acordar mais cedo vem a necessidade de me deitar mais cedo, e esse é o grande desafio. Sou uma pessoa noctívaga, facilmente estou até às 2h da manhã acordada e bem desperta.
Portanto, novas rotinas, deitar-me no máximo às 23h, ler um bocadinho (nada de telemóvel e redes sociais), e antes da meia noite já estou de luz apagada a dormir, ou quase.
Pequenas mudanças a manter, até porque em poucos dias já vejo os benefícios que me traz, logo, se me faz bem, é para continuar.
E se o novo ano trouxe esta vontade de ir fazendo pequenas mudanças, que trazem grandes benefícios, há coisas que ainda vêm do ano anterior. Como uma mal fadada gripe que apanhei no início de dezembro, já fui duas vezes a médicos, já tomei medicações diferentes, incluindo antibiótico dos potentes, e apesar de ter melhorado substancialmente, a tosse persiste e ando fartinha.
Além da gripe, ando a recuperar de uma queda que dei e na qual magoei nada mais nada menos que o cóccix. Foi uma queda digna de ver a dignidade de uma pessoa ir pela escada abaixo. O pé escorregou numa escada, revestida a calçada portuguesa, que estava húmida e literalmente desci uns dois degraus de rabo. Vejo agora a vantagem que é ter este bundão, porque me amorteceu muito a queda. Ainda assim o impacto de cair sentada teve repercussões no cóccix, e tenho andado em cuidados. As dores vão diminuindo, mas com o regresso ao exercício físico percebi que ainda vai levar algum tempo até, espero, poder fazer tudo sem sentir dor. Work in progress, muita calma e paciência que isto vai ao sítio.
O que também já aconteceu neste novo ano, ainda tão fresquinho, foi uma discussão com Gandhe, algo que definitivamente marcou pela negativa o ano 2019 e, espero, que não volte a ser uma constante neste ano, até porque a paciência atingiu os limites e se não conseguirmos dar a volta às diferenças, o melhor é ponderar se a relação (que este ano completa os 16 anos) tem ainda motivos para continuar.
Eu disse que queria que 2020 fosse um ano de cura. E na busca dessa cura, eu vou até onde tiver de ir, e se tiver de deixar algumas coisas ou pessoas pelo caminho, paciência.