Últimas duas leituras
Luís Miguel Rocha é um autor internacionalmente reconhecido, infelizmente faleceu demasiado cedo.
A temática da sua obra centra-se no Vaticano e nos jogos de poder, corrupção e espionagem nos bastidores da Igreja enquanto instituição. Até onde são capazes de ir para esconder segredos que podem pôr em causa os dogmas universais que sustentam a religião católica e o poder do Vaticano?
Dos quatro livros publicados em vida, li agora os dois que ainda me faltavam. Falha minha, não li pela ordem de publicação (o que recomendo). Não torna a leitura difícil, mas se há um evoluir das personagens que são transversais aos livros, é normal que ao ler por ordem inversa, saiba de coisas antes de conhecer o antes e o que pode ter levado ali. Além disso os livros estão escritos pela ordem cronológica da História.
Bem, a ordem de publicação:
2. Bala Santa
A ordem pela qual aqui a menina leu. A Filha do Papa, O Último Papa, A Mentira Sagrada e por fim Bala Santa.
Adorei A Filha do Papa. Adorei O Último Papa. A Mentira Sagrada foi bom. Já Bala Santa foi um bocadinho difícil de ler pela forma como a trama está apresentada. Estes dois últimos foram as minhas leituras mais recentes.
Todos juntos completam um ciclo que começa com João Paulo I e a sua misteriosa morte, passa por João Paulo II e os atentados de que foi vítima, chega até Bento XVI e um grande segredo guardado a sete chaves que, só a dúvida que levanta, pode arruinar a Igreja Católica e o pilar em que esta assenta: a ressurreição de Cristo. Por fim, qual terá sido o motivo (não oficial) real para que o Papa Pio XII não fosse beatificado? Teorias sobre a existência de uma filha, uma vez mais segredos que são guardados a todo o custo para preservar a imagem da Santa Fé.
Para quem gosta de uma boa história de espionagem, de ser surpreendido porque as personagens nunca são o que parecem, sucessivas reviravoltas na trama, e aprecia a temática dos segredos mundanos nos bastidores do Vaticano, estão aqui quatro boas apostas.