Votar ou não votar!
Dá-me cá uns suores frios a essa gente fundamentalista, quer os que defendem o voto quer os que defendem a abstenção. O fundamentalismo, seja do que for, dá-me arrepios no fígado, pronto.
Ontem não votei. Queimem-me, qual bruxa da Idade Média, judia da Inquisição. Tronco e chicote, porque a branca não foi votar.
Não pude. Saí da minha cidade antes das urnas de voto abrirem e cheguei já tinham fechado.
Mas agora levo com os discursos inflamados desses defensores do voto, porque os 53% de abstenção são uma vergonha e mimimimi, ide-vos foder. Tenho dito. Mania de mandar papaias a querer mandar na vida dos outros, na escolha dos outros. Ah isto é democracia e cada um é livre, MAS...
Para mim a abstenção gritante, a cada eleição, que acontece no nosso país é um sinal evidente do descontentamento generalizado pela classe política, pelos políticos. É um grito mudo de revolta. E tantas vezes o silêncio significa tão mais, e grita tão mais alto que os urros bélicos ou as vozes destes extremistas de meia tigela.